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Antes da Argentina: país vizinho fica próximo de acordo com FMI e títulos disparam

País sul-americano fica mais próximo de um acordo de financiamento e papéis soberanos têm o melhor desempenho entre pares emergentes

Bloomberg

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Os títulos da dívida do Equador estão em disparada, levando a ganhos entre países emergentes em meio a aos sinais de que um novo acordo de financiamento com o Fundo Monetário Internacional (FMI) pode ser selado a qualquer momento.

As notas com vencimento em 2040 subiram até 2,7 centavos, para 50,6 centavos por dólar na quarta-feira (17), o maior valor desde junho de 2022, de acordo com dados compilados pela Bloomberg. O título com vencimento em 2035 subiu 2,2 centavos por dólar, para 54,3 centavos, o valor mais alto desde janeiro de 2023.

“Estamos em negociações muito avançadas com o Fundo e esperamos fazer um anúncio positivo de termos alcançado um acordo a nível de pessoal” no curto prazo, disse o ministro das Finanças, Juan Carlos Vega, durante evento organizado pelo JPMorgan Chase em Washington, nos Estados Unidos.

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O Presidente do FMI, Daniel Noboa, disse aos investidores em Nova York no início de março que esperava um acordo dentro de cerca de dois meses. A contenção fiscal e as expectativas de financiamento do Fundo desde então impulsionaram a dívida do país.

“Poderemos anunciar boas notícias já na próxima semana”, disse Noboa na cidade litorânea de Atacames na quarta-feira. “Os últimos meses foram difíceis para o governo central” e o novo “financiamento internacional” proporcionará alívio financeiro, acrescentou.

Os títulos equatorianos proporcionaram aos investidores retornos de quase 56% este ano, de longe os melhores entre os pares soberanos dos mercados emergentes, de acordo com um índice da Bloomberg.

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O rendimento extra que os investidores exigem para deter a dívida em títulos do Tesouro dos EUA caiu mais de 840 pontos base este ano, para cerca de 12 pontos percentuais, segundo dados do JPMorgan.

O Equador aumentou os impostos sobre valor agregado e se comprometeu a reduzir os gastos, num esforço para abrir caminho para empréstimos multilaterais, à medida que enfrenta uma dupla crise fiscal e de segurança.