Analista recomenda 4 ações para sobreviver à volatilidade das eleições

Recomendações são compostas, basicamente, por empresas defensivas e com fluxo de caixa mais previsível

Leonardo Pires Uller

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SÃO PAULO – O cenário eleitoral tem trazido altas emoções para a bolsa brasileira nas últimas semanas. Primeiro houve uma disparada com as chances da candidata Marina Silva (PSB) ser eleita presidente. Depois, com a queda de Marina nas pesquisas, houve a ressaca e o Ibovespa recuou 11,70% no mês de setembro.

No entanto, como se proteger de tamanha volatilidade na bolsa? O analista Flávio Conde, da Gradual Investimentos lista quatro ações para quem está preocupado com esse cenário.

Eternit (ETER3)
A empresa é a maior fabricante de telhas e caixas d’água de fibrocimento no mercado brasileiro – setor esse que continua a crescer principalmente por causa da relação custo versus benefício dos produtos.

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“Como a Eternit é uma empresa bem lucrativa gerando mais caixa do que suas necessidades de investimentos, a distribuição de dividendos chega a 70% do lucro líquido propiciando um retorno aos acionistas de cerca de 10%”, escreve o analista.

Porto Seguro (PSSA3)
A seguradora é a quarta maior do Brasil e líder nos segmentos de automóveis e residência. Conde afirma que os resultados da empresa têm sido crescentes com retornos sobre patrimônio líquido acima de 25%.

“Porto Seguro tende a passar mais tranquila que a média do mercado porque vende produtos pouco afetados pela eleição e pode aumentar seus resultados caso os juros subam. Ademais, o investidor deve receber 6,1% em dividendos ao longo dos próximos doze meses bem acima dos 2,7% da média das ações brasileiras”, relata o especialista.

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Telefônica Brasil (VIVT4)                   
A companhia é a maior operadora dos serviços de telecomunicações, com 94,9 milhões de acessos: 79,4 milhões no segmento móvel e o restante no fixo. Conde destaca que a empresa é muito rentável e seu endividamento é baixo.

“Além disso, a receita da Telefônica Brasil tende a seguir seu curso natural seja qual for o próximo presidente e um eventual aumento dos juros pode até favorecer os resultados da companhia devido ao seu caixa de R$ 5,5 bilhões”, revela Flávio Conde.

AES Tietê (GETI4)
O especialista classifica a empresa como uma das mais eficientes geradoras de energia elétrica do Brasil. A companhia tem concessões até 2029 e quase a totalidade de sua energia assegurada já está contratada.

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“Assim, a companhia tem pago dividendos em torno de 10% do valor de mercado propiciando rendimento bem satisfatório aqueles investidores que necessitam de renda. Por último, o beta da GETI4 é de 0,6 sugerindo que numa eventual queda do mercado as ações acompanhariam 60% do movimento. O principal risco da AES TIETÊ é a estrutura do setor elétrico que pode levar a uma repentina queda das suas ações em função de surpresas desagradáveis como falta de chuva”, conclui o analista.