Aluguel de ações: participação de pessoa física entre doadores recua em maio

Segundo dados da BM&Bovespa, 26,62% do volume emprestado pertencia a investidores de varejo no mês passado

Gabriella D'Andréa

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SÃO PAULO – A participação de investidores pessoa física entre os doadores no aluguel de ações (aqueles que emprestam suas ações a terceiros, em troca de uma remuneração) recuou no quinto mês do ano, de acordo com dados da BM&FBovespa.

Segundo a bolsa, em maio deste ano, 26,62% do volume total emprestado pertencia a investidores pessoa física. No mês anterior, este número era de 26,76%.

Entre os tomadores (investidores que tomam as ações emprestadas), a participação dos investidores pessoa física também diminuiu, de 4,20% em abril para 3,69% no quinto mês do ano.

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Entre os doadores, os investidores estrangeiros registraram a maior participação (37,15%), enquanto os principais tomadores foram os fundos mútuos (66,20%), conforme a tabela a seguir:

Participação dos investidores no aluguel de ações/maio
Tipo de investidor Doadores Tomadores
Em R$ Participação (%) Em R$ Participação (%)
Pessoa Física 17,236 bilhões 26,62 2,386 bilhões 3,69
Estrangeiro 24,057 bilhões  37,15 15,269 bilhões 23,58
Fundos Mútuos 18,895 bilhões 29,18 42,870 bilhões 66,20
Sociedades anônimas 701,84 milhões 1,08 190,55 milhões 0,29
Previdência 1,877 bilhão 2,90 nulo nulo
Bancos Comerciais 464,62 milhões 0,72 3,010 bilhões 4,65
Outros  1,524 bilhão         2,35 1,029 bilhão          1,59

Volume
De acordo com a BM&FBovespa, o volume financeiro com empréstimos de ações foi de R$ 64,75 bilhões no mês passado, 7,06% a mais do que o volume registrado em abril de 2012, de R$ 60,48 bilhões.

O número de operações foi de 125,361 mil, ante 105,572 mil transações registradas no mês anterior.

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Como funciona o aluguel de ações
Qualquer papel negociado na Bolsa pode ser alugado. Basta que os interessados procurem a corretora de valores e fechem o contrato de aluguel.

Em troca de “emprestar” a ação, quem aluga recebe uma taxa de remuneração, negociada com o tomador. As taxas cobradas geralmente são baseadas na liquidez daquele ativo. Ou seja, as ações mais líquidas e que são mais alugadas acabam pagando taxas menores do que aquelas que têm uma oferta menor de aluguel.