AllianceBernstein: 5 conselhos para o investidor ter em mente nesta crise

Segundo a gestora, investidor deve buscar, no curto prazo, oportunidades que ofereçam bons retornos no pós-crise

Mariana Zonta d'Ávila

SÃO PAULO – Diante de um cenário nebuloso pela frente, com forte queda dos preços dos ativos financeiros e perspectivas cada vez mais pessimistas para o desempenho das economias mundiais em 2020, muitos investidores tendem a reagir de forma precipitada, focando apenas no estresse de curto prazo e tomando medidas que podem prejudicar o retorno de seus investimentos à frente.

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Pensando nisso, a equipe de renda variável da gestora americana AllianceBernstein, que possui mais de US$ 614 bilhões sob gestão, elaborou uma lista de conselhos para ajudar o investidor a navegar durante este período de grandes desafios e volatilidade nos mercados. Confira:

1. Pense fora da caixa

Imagine cenários improváveis e tente conectar os pontos de uma forma que possa não ser imediatamente óbvia. No cenário atual, o impensável pode se tornar realidade. As respostas podem ser ainda desconhecidas, mas não deixe de fazer perguntas só porque podem fugir do comum. Ao mesmo tempo, não se baseie em eventos passados para determinar quais ações da Bolsa irão oferecer maior estabilidade no mercado atual.

2. Preocupe-se com o curto prazo

Em algum momento, vamos sair dessa extrema incerteza e a vida retornará ao normal. Porém, isso provavelmente levará algum tempo e, até lá, a economia global deverá vivenciar uma forte contração.

Analisar a reação de uma companhia em diferentes cenários é fundamental na escolha de ações. A força do balanço e da continuidade do fluxo de caixa da empresa em um momento de forte queda são dois indicadores-chave que podem ajudar a identificar companhias que podem sobreviver a este cenário.

3. Não se esqueça do horizonte de longo prazo

Os resultados de curto prazo serão ruins para a maioria das companhias e investidores tendem a reagir de forma exagerada. Isso é esperado, dado que é da natureza humana focar no estresse imediato em vez do longo prazo.

Mas os valuations das companhias sobreviventes vão depender do fluxo de caixa pós-crise. Por isso, os investidores devem tentar usar o curto prazo para entender quais ações foram precificadas incorretamente pelo nervosismo do mercado. Em alguns casos, as condições de crise criam preços de liquidação para empresas de alta qualidade, que têm o necessário para o bom desempenho a longo prazo.

4. Imagine o mundo pós-coronavírus

Embora não seja fácil fazer isso enquanto países enfrentam uma tragédia humana e uma forte queda na economia, investidores devem pensar hoje sobre o que irá moldar a nova realidade no futuro.

Alguns negócios não irão sobreviver à crise e outros, podem nunca mais ser os mesmos. Por outro lado, algumas companhias podem emergir como vencedoras, como é o caso de empresas de trabalho remoto como Zoom Video Communications e Citrix Systems, que hoje fazem parte da rotina, e cuja tendência é de que seu uso se torne mais frequente quando as atividades voltarem ao normal.

Outros exemplos menos aparentes também devem surgir ao longo do tempo, com foco em novas oportunidades de negócio – por isso, pensar fora da caixa é crucial.

5. Seja humilde sobre o que sabe

Assim como na crise financeira global de 2008, os governos devem adotar políticas que parecem inimagináveis. Os investidores devem ser humildes sobre o que sabem e também, sobre o que não sabem. Tomar decisões baseadas no que políticos ou outros fazem não é investimento, é aposta.

Tente evitar o barulho vindo de fora e foque nos fundamentos das ações, com dados de microeconomia, modelos de negócios e fluxos de caixa.

A crise do coronavírus é um choque sem precedentes para a sociedade moderna e para a economia global, mas os investidores podem se recuperar aderindo a várias diretrizes estratégicas durante um período de extrema incerteza, como o atual.

Ter um pensamento criativo, uma avaliação sóbria dos desafios de curto prazo, bem como foco nos fundamentos de longo prazo e valuations é fundamental para identificar quais companhias irão sobreviver à pandemia e prosperar em uma nova realidade pós-crise.

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