“Devemos manter e talvez comprar mais”, diz gestor do Alaska Black sobre ações da Vale

O gestor Henrique Bredda afirma que a decisão de aumentar a exposição aos papeis será tomada após uma avaliação mais detalhada sobre os impactos do acidente.

Diego Lazzaris Borges

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SÃO PAULO – As ações da Vale (VALE3) abriram em queda de mais de 19% nesta segunda-feira (28), primeiro pregão após a tragédia na cidade de Brumadinho (MG) com o rompimento de uma barragem de rejeitos.

O gestor Henrique Bredda, do Alaska Black – um dos fundos de ações mais rentáveis dos últimos anos, conhecido pela sua gestão arrojada – disse que os fundos têm posição intermediária nos papéis da mineradora, entre 8% e 10%.

Em princípio, ele afirma que a ideia é preservar a posição. “Provavelmente manteremos. Passando o calor desses primeiros dias, reavaliaremos. É provável que a gente aumente a posição, mas não é certeza”, disse ao InfoMoney.

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Segundo ele, a decisão de aumentar a exposição aos papeis da mineradora será tomada após uma avaliação mais detalhada sobre os impactos do acidente.

“Depende de quanto a ação vai cair, e também precisamos entender um pouco mais o tamanho dos danos dessa tragédia. Por isso precisaremos de um tempo tanto para estudar um pouco mais esse assunto, e também pra ver onde o preço da ação vai se estabilizar”, afirmou.

Repercussão

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Depois do rompimento da barragem, diversas casas de análise passaram a revisar a recomendação para os papéis da companhia. Foi o caso do Jefferies, Macquarie, HSBC e do BMO, que reduziram a recomendação de compra para o equivalente à manutenção. Os papéis estão sob revisão de recomendação pelo Bank of America Merrill Lynch. 

A agência de classificação de risco Standard & Poor’s colocou a Vale em CreditWatch com implicações negativas, dizendo que a empresa poderia enfrentar multas e a possível perda de sua licença para operar na região afetada pelo rompimento da barragem.

Durante o fim de semana, diversas decisões de bloqueios e sanções contra a mineradora já somam R$ 11,3 bilhões. Juízes acataram os pedidos de indisponibilidade e bloqueio do valor total de R$ 11 bilhões e determinaram que a companhia “adote as medidas necessárias para garantir a estabilidade da barragem VI do Complexo Mina do Córrego do Feijão, se responsabilize pelo acolhimento e integral assistência às pessoas atingidas, dentre outras obrigações”, informou a empresa em comunicado. 

A Vale destacou ainda que foi intimada da imposição de sanções administrativas pelo Ibama e pelo Estado de Minas Gerais de R$ 250 milhões e aproximadamente R$ 99,1 milhões, respectivamente. Os bloqueios dos recursos da Vale representam quase metade do seu caixa no fim de setembro, de R$ 24,4 bilhões no caixa. 

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Diego Lazzaris Borges

Coordenador de conteúdo educacional do InfoMoney, ganhou 3 vezes o prêmio de jornalismo da Abecip