Usiminas pode ter alta de 73% na bolsa, diz Bradesco BBI

Para a equipe de análise, a venda de ativos, em especial a MUSA, pode agregar um "valor significativo para os acionistas"

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – O Bradesco BBI elaborou relatório em que reitera compra para Usiminas (USIM5) e estima um preço-alvo de R$ 17 para os papéis da companhia, o que totaliza um potencial de alta de 73,65% em relação ao fechamento do último pregão.

No relatório, os analistas destacam a possibilidade de venda da Usiminas Mineração (MUSA), braço de minério de ferro da companhia, por US$ 0,8- 1,2 bilhão, na qual a Usiminas possui uma participação de 70%. O restante (30%) é da Sumitomo, potencial compradora. A notícia, segundo eles, é positiva, visto que a divisão de aço é o que realmente importa para a companhia.

O analista Thiago Lofiego, que assina o relatório, explica que nos últimos cinco anos, o minério de ferro representou apenas 10% do Ebitda (Lucros Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização, na sigla em inglês) consolidado da Usiminas. Enquanto isso, a indústria de aço continua a entregar “resultados sólidos e crescentes”, mesmo após a recessão brasileira de 2014-15.

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“Acreditamos que esse potencial acordo tem um sentido estratégico, visto que a companhia vai continuar a ter acesso a um minério de ferro de boa qualidade, ao mesmo tempo que potencialmente trará um valor significativo para os acionistas da Usiminas”, escreve.

Segundo Lofiego, o desinvestimento através da MUSA pode abrir espaço para grandes investimentos da Usiminas na divisão de aço, em linha com a estratégia da companhia de focar em seu negócio principal. Três desses investimentos podem ser encontrados no Alto-Forno 3, na Usina de Ipatinga, no Alto-Forno de Cubatão, assim como uma nova linha de “Hot-dip Galvanization” (galvanização por imersão a quente, em inglês).

Na opinião da equipe de análise, Usiminas pode ser um dos principais nomes a performar bem em um cenário de recuperação da economia brasileira, considerando que ainda possui uma capacidade ociosa significativa na maioria de suas linhas de produtos. “Esperamos uma negociação favorável com as empresas automotivas no curto prazo (potencial de alta de 25%), enquanto acreditamos que os preços globais de aço já chegaram ao fundo”, escreve Lofiego.

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