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SÃO PAULO – Nos últimos dois meses, as ações de siderúrgicas sofreram o peso da queda no preço de aço internacional, das tensões comerciais entre os EUA e a China, além do risco de redução das tarifas de importação no Brasil.
Após um desempenho relativo de cerca de 20% abaixo do Ibovespa no período, mas com fundamentos sólidos, a equipe de research da XP Investimentos acredita que é hora de voltar a entrar no setor.
Na opinião do analista-chefe da XP Research, Karel Luketic, a demanda por aço tem alavancagem a PIB de 2 a 3x, e pode superar esse patamar em momentos de forte retomada econômica – como é esperado para 2019. “Em um ambiente macroeconômico mais construtivo como o que vemos à frente, a demanda deveria surpreender positivamente”, diz.
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Em relatório, Luketic explica que apesar das siderúrgicas não terem tido sucesso na última tentativa de aumentar os preços para a distribuição, o repasse de aumentos anteriores ainda não foi refletido por completo nos resultados e pode ter impacto positivo no quarto trimestre. “O primeiro semestre deve ser de forte realização de preços”, escreve.
Além disso, a equipe de análise afirma que os clientes industriais ainda estão atrasados no relativo à distribuição e as negociações com as empresas automotivas indicam um potencial de aumento nos preços de 15% a 25% no próximo semestre.
Com relação aos aços longos, Luketic afirma que eles possuem um ciclo de retomada mais tardio por natureza, mas que devem crescer 5% em 2019 e 7,5% em 2020. Já os aços planos devem subir 7,5% em 2019 com o forte ciclo automotivo, normalizando para 5% em 2020.
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No setor, a favorita da XP é Gerdau (GGBR4), que tem recomendação de ‘compra’ e preço-alvo de R$ 22, o que totaliza um potencial de alta de 43,42% em relação ao fechamento do dia 13 de dezembro.
Para os analistas, sinais de aceleração da demanda de aços longos no Brasil continuam a aparecer e o crescimento pode começar a fechar o diferencial que teve quando comparado aos aços planos, o que daria suporte aos preços.
“Vemos margens de 20-21% no Brasil em 2019-20, acima dos 19% esperados para 2018, com riscos de surpresa positiva. Nos EUA, o crescimento pode ser mais fraco do que o esperado para 2019, mas vemos margens próximas a 10% em 2019-20”, escrevem.
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