As 16 ações preferidas dos analistas para investir em setembro

Neste mês, a B3 é a empresa favorita dos analistas, com 11 recomendações

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – Todo começo de mês, corretoras de investimentos e instituições financeiras elaboram uma seleção com as ações que acreditam ter bom potencial de rentabilidade no período. Para setembro, a favorita é a B3 (B3SA3), a bolsa de valores brasileira e quinta maior do mundo em valor de mercado, que foi recomendada por 11 das 16 carteiras de investimentos analisadas pelo InfoMoney. O ativo substituiu a mais escolhida de agosto, a mineradora Vale (VALE3), que caiu para o terceiro lugar no ranking de recomendações.

Na última semana, a B3 anunciou uma série de iniciativas que devem ser implementadas nos próximos 18 meses e que beneficiam, entre outros, o mercado de varejo. Dentre as 44 novidades, o lançamento de produtos como ETFs de renda fixa, contratos futuros de ações e mini contratos de S&P 500 devem chegar já neste segundo semestre. “Apesar de não esperarmos que nenhuma delas seja extremamente relevante individualmente na receita, acreditamos que combinadas podem oferecer o aumento em baixos dígitos únicos”, escreve a equipe de análise do Bradesco BBI. 

O destaque deste mês foi o setor financeiro, com recomendação de compra para B3, Itaú e Banco do Brasil. São empresas que devem se beneficiar de uma recuperação da economia brasileira, e que devem surfar os níveis de inadimplência comportados, spreads saudáveis e despesas operacionais crescendo abaixo da inflação nos próximos anos. Também aparecem no ranking Gerdau, com 9 recomendações, Petrobras e Vale, com 7, Rumo e Suzano, com 6. 

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Abaixo, compilamos as 16 ações mais indicadas pelos analisas, juntamente com aquelas que receberam três recomendações e mostram o apetite dos analistas para outros segmentos, como o do varejo. Acompanham também as justificativas para a escolha de cada uma delas. Confira:

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*Dados obtidos com base nas carteiras recomendadas da XP Investimentos, Rico, BB Investimentos, Santander Corretora, Ativa, Bradesco, Guide, Elite, Ágora, Socopa, Coinvalores, Genial Investimentos, Spinelli, Terra Investimentos, BTG Pactual e Carteira InfoMoney. 

 

B3 (B3SA3)
As recomendações de compra baseiam-se na diversificação de receitas e barreiras de entradas a novos entrantes no mercado de bolsas, que representam vantagens competitivas de longo prazo; ao momento positivo para os resultados e ao processo desalavancagem pós-fusão, que os analistas veem que resultará em um crescente pagamento de dividendos a partir de 2019.  “Apesar de esperarmos que a performance da ação no curto prazo reflita as expectativas das eleições, estamos otimistas no longo prazo com B3, uma vez que acreditamos que a empresa será a principal beneficiária com o crescimento da atividade econômica brasileira”, escreve o Bradesco BBI

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Gerdau (GGBR4)
A Gerdau produz e comercializa produtos de aço em geral através de usinas localizadas em diversos países. A companhia é líder no segmento de aços longos nas Américas e é uma das principais fornecedoras de aços especiais do mundo para o setor automotivo. A recomendação baseia-se em linhas gerais, no fato de que grande parte da receita e geração de caixa de Gerdau advém do mercado externo, que deve se beneficiar com a valorização do dólar. 

Itaú (ITUB4)
Para os analistas, o Itaú continua sendo uma das melhores empresas posicionadas dentro do setor bancário brasileiro para aproveitar-se da recuperação da concessões de crédito e normalização do nível de provisões nos próximos trimestres. Além disso, o banco conta com um mix de geração de caixa defensivo, em que um terço do resultado consolidado vem de novas concessões, enquanto o restante vem de tesouraria, seguros, previdência, cartões etc. 

Banco do Brasil (BBAS3)
A recomendação de compra deve-se i) às entregas sustentáveis de ROE (Retorno Sobre o Patrimônio, na sigla em inglês) superiores ao custo de capital próprio; ii) menor probabilidade do banco precisar levantar capital para cumprir com Brasileia 3; iii) gestão reconhecida e focada em aumento da rentabilidade e iv) crescimento esperado de 14% e 23% a.a. no lucro líquido do BB para 2018 e 2019, respectivamente. 

Petrobras (PETR4)
A opção por incluir Petrobras no portfólio deve-se ao fato de que a empresa deve adquirir exposição a uma melhora de sentimento com maior visibilidade no cenário para as eleições. A continuidade efetiva da política de preços de combustíveis no curto prazo mediante o pagamento de subsídios também é visto como positivo. 

Vale (VALE3)
A companhia, considerada uma das maiores do mundo no setor, possui foco em cinco negócios principais: minério de ferro, níquel, cobre, carvão e fertilizantes. De acordo com a Rico, a visão positiva na companhia deve-se: i) à consistência na entrega de resultados nos últimos trimestres; ii) por acreditarem que o preço do minério de ferro não vai recuar drasticamente e que iii) a elevada qualidade do seu minério de ferro proporcionará maiores margens e rentabilidade elevada. Ainda de acordo com os analistas, é esperado um cenário positivo para os fundamentos da empresa no médio/longo prazo, e uma aceleração do pagamento de dividendos. 

Rumo (RAIL3)

A empresa resultante da fusão entre Rumo e ALL é a maior operadora logística com base ferroviária independente da América Latina, oferecendo serviços de logística com operações de transporte intermodal, carregamento e entrega loca, terminal portuário e serviços de armazenagem. Dentre os fundamentos que sustentam a recomendação de compra estão: i) expectativa de crescimento na produção de soja e milho; ii) aumento dos custos logísticos, com preços mínimos de frete rodoviário, que pode acelerar a migração para ferrovias; e iii) a renovação antecipada da concessão da Malha Paulista está avançando e deve ser renovada ainda neste 2º semestre. 

Suzano (SUZB3)
“Com maior disciplina de gastos e aumento de eficiência, a Suzano tem conseguido reduzir seu custo e caixa de produção, algo que se reflete em uma forte geração de caixa operacional, acelerando sua desalavancagem financeira”, escrevem os analistas da Guide Investimentos. E concluem: “Continuamos otimistas com a evolução operacional da Suzano e aumento de competitividade estrutural”. 

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