Como montar uma carteira de ações em tempos de eleição? Analista-chefe da XP explica

O Be-a-bá da Bolsa desta semana recebeu Karel Luketic, analista-chefe da XP Investimentos

Mariana Zonta d'Ávila

Publicidade

SÃO PAULO – Com as eleições no horizonte, o cenário de incerteza e grande sensibilidade tende a interferir na tomada de decisões dos investidores, que arriscam menos e analisam mais antes de fazer qualquer aplicação. E dentro dos investimentos, os de renda variável são os que mais sofrem com essa volatilidade. 

Justamente por se tratar de um cenário imprevisível, as chances de encontrar a ação perfeita são poucas. Por isso é fundamental que o investidor considere os cenários otimista e pessimista do pós-eleição na hora de elaborar a sua carteira de investimentos. É o que explica Karel Luketic, analista-chefe da XP Investimentos. Em entrevista ao programa Be-a-bá da Bolsa desta semana, o especialista contou as estratégias utilizadas pela XP Research para mitigar riscos em períodos eleitorais, como o atual. (Assista ao programa no vídeo acima).

Luketic, que está tocando a nova área de análise da XP, explica que os próximos dois meses ainda serão muito tumultuados e com grande sensibilidade, mas isso não é motivo para desespero ou liquidez das posições: “O cenário ainda é atrativo, mas vai ter volatilidade”, alerta. O especialista explica que a bolsa andou 8% até agora e precificou parte do cenário otimista, mas que só a partir de setembro que devemos ver mudanças – ou não – nas pesquisas, que é o que vai fazer preço na bolsa.  

Aula Gratuita

Os Princípios da Riqueza

Thiago Godoy, o Papai Financeiro, desvenda os segredos dos maiores investidores do mundo nesta aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Uma das estratégias citadas por Luketic para amenizar riscos é a realização de uma série de estudos e estatísticas para ver o que aconteceria com a seleção de ativos caso a bolsa andasse ou caísse 10%, por exemplo. No portfólio organizado por eles, estes subiriam de forma parecida, enquanto no cenário pessimista a carteira cairia apenas 3%. 

“Nós temos Banco do Brasil, que é uma ação que a gente gosta, temos posição ‘neutra’ por conta do cenário eleitoral, mas na composição de uma carteira a gente gosta do potencial benéfico das eleições para o ativo. E eu ancoro e compenso isso com uma Vale, que não tem exposição ao cenário eleitoral brasileiro. Na verdade, se o câmbio deprecia / o dólar sobe, a Vale até se beneficia, porque é uma empresa dolarizada”, explica ao citar que aposta no portfólio em papéis que aproveitem a alta e outros ancorados, buscando proteção caso o cenário não seja como o imaginado. Confira a entrevista completa no vídeo acima. 

Quer investir em ações pagando só R$ 0,80 de corretagem? Abra uma conta na Clear