Credit Suisse se surpreende positivamente e dá “upgrade duplo” em ação de seguradora

Analistas também optaram por elevar o preço-alvo dos papéis de R$ 19 para R$ 25 - um upside de 14,68%

Mariana Zonta d'Ávila

Publicidade

SÃO PAULO – O Credit Suisse elaborou relatório em que eleva a recomendação de SulAmérica (SULA11) de “venda” para “compra”, e aumenta o preço-alvo dos papéis de R$ 19 para R$ 25, totalizando um potencial de alta de 14,68% em relação ao fechamento do dia 17.

O upgrade duplo, raramente visto, deve-se a uma visão mais positiva que, segundo os analistas, é reflexo de um alinhamento de melhor resultado operacional (saúde e auto) e financeiro. Após o call, a ação subiu 5,5%. No mês, a alta já chega a 19,26%. “Ficamos surpresos positivamente com a boa performance da empresa durante a crise, com uma queda resiliente do loss ratio medico (MLR) desde o começo de 2015. Acreditamos que o nível atual do MLR está próximo do ótimo e deve se manter estável para o ano”, escrevem.

Quer investir nas ações da SulAmérica pagando só R$ 0,80 de corretagem? Abra uma conta na Clear

GRATUITO

CNPJ DE FIIS E AÇÕES

Para informar FIIs e ações no IR 2024 é preciso incluir o CNPJ do administrador; baixe a lista completa para facilitar a sua declaração

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

De acordo com o relatório do banco suíço, o loss ratio de peers como Bradesco e Amil está substancialmente alto, permitindo que a SulAmérica entregue ajustes de preços menores e continue ganhando espaço no mercado. Do lado mais cauteloso, porém, os analistas destacam as discussões da metodologia de ajuste de preço para os planos individuais, uma vez que apesar da empresa não ter vendido planos dessa categoria na última década, o estoque ainda é representativo e cada 1% de aumento no loss ratio do segmento representaria um impacto de 1,4% no lucro. 

No segmento de autos, a expectativa é de que a frota assegurada aumente mais do que o esperado depois de cinco trimestres em queda. “A melhora do loss ratio ganhou momentum esse ano, ainda ajudado pelo aumento de preços no primeiro semestre de 2017, e deve continuar até o ciclo de 12 meses de reprecificação acabar”. 

Dadas essas expectativas, a equipe de análise optou por aumentar a projeção de lucro da seguradora para R$ 766 milhões em 2018 e R$ 1,04 bilhões em 2019, ficando em linha com o consenso neste ano e aumentando em quase 10% a do próximo. Os analistas veem o papel negociando a 8x P/E 2019 (Preço sobre Ganhos, em inglês) e 1.4x P/BV (o que indica quantas vezes o preço da ação está acima do valor patrimonial da empresa), “o que nos parece atrativo se levarmos em consideração o crescimento anual entre 2020-2023 de 9.8% e o ROE (Retorno sobre Patrimônio, na sigla em inglês) sustentável de 16.2%”.