7 ações que podem subir mais de 40% em 12 meses, segundo a XP

As recomendações fazem parte da nova plataforma de conteúdo para análise de Renda Variável, o XP Research

Weruska Goeking

SÃO PAULO – A XP Investimentos lançou uma nova plataforma de conteúdo para análise de Renda Variável, o XP Research. A ideia é fornecer um panorama completo da visão da XP sobre a Bolsa, com a análise de 39 empresas.

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Para desenhar a plataforma, a XP chamou um time de 6 analistas. O projeto foi iniciado em abril com Karel Luketic, que trabalhou antes no Merrill Lynch. O restante do time chegou em maio, e é composto pelos analistas André Martins (ex- Credit Suisse e GP), Betina Roxo (ex-HSBC, Merrill Lynch e Stone), Bruna Pezzin (ex-Santander), Gabriel Francisco (ex-Goldman Sachs) e Sergio Berruezo, que veio do IRB.

Entre as ações escolhidas para fazerem parte do universo de cobertura do time, o InfoMoney separou as 7 ações que, nos cálculos da XP, possuem um potencial de valorização superior a 40% nos próximos 12 meses, se elas chegarem até o preço-alvo estipulado.

Todas elas estão disponíveis na XP. Para abrir uma conta, você não gasta nada, e ainda tem isenção de taxas para custódia de Renda Fixa, Bolsa, COE, Tesouro Direto e TED para retiradas.

Confira:
Empresa Ticker Recomendação Preço-alvo em 12 meses Potencial de ganho*
AES Tietê TIET11 Compra R$ 15,00 + 55,4%
MRV MRVE3 Compra R$ 17,00 + 41,2%
Cyrela CYRE3 Compra R$ 17,00 + 54,5%
Vale VALE3 Compra R$ 70,00 + 41,2%
Suzano SUZB3 Compra R$ 67,50 + 50,1%
Gerdau GGBR4 Compra R$ 20,00 + 43,8%
Usiminas USIM5 Compra R$ 12,50 + 70,8%

*com base no valor da ação em 2 de julho 

Confira a análise de cada ação, com os pontos positivos e os riscos para a tese de investimentos:

AES Tietê (TIET11)

Por que comprar? Elevada capacidade de pagamento de dividendos de 12% entre 2018 e 2020 e grande potencial de crescimento baseado na expansão no segmento de energias renováveis não-convencionais (eólica e solar).

Quais os riscos? Incidência de chuvas menor que a  expectativa, levando a empresa a incorrer em custos com compra de energia no mercado de curto prazo; custos adicionais e atrasos no desenvolvimento de projetos solares; e uma alta expressiva na curva de juros, o que diminui a atratividade dos dividendos da companhia.

MRV (MRVE3)

Por que comprar? A MRV deve se beneficiar do cenário de recuperação da economia, com aumento da demanda de imóveis, do aumento de fluxo de recursos para o FGTS em razão da diminuição do desemprego, e dos potenciais ganhos de participação de mercado devido à expansão do banco de terrenos que aconteceu nos últimos 5 anos.

Quais os riscos? Além de uma eventual recuperação econômica aquém do esperado, que poderia diminuir significativamente o número de lançamentos da empresa e aumentar o número de cancelamentos, os riscos da MRV são essencialmente de natureza política.

A empresa atua fortemente no programa Minha Casa Minha Vida, e, caso o programa seja reduzido ou descontinuado, o analista acredita que as ações da MRV seriam fortemente impactadas. Além disso, políticas públicas que aumentem a remuneração do FGTS ou utilizem os recursos do fundo para outros fins também poderão ter impacto negativo nas ações da MRV.

Cyrela (CYRE3)

Por que comprar? A empresa deve se beneficiar do cenário de recuperação da economia, com aumento da demanda de imóveis, do aumento de fluxo de recursos para a poupança em razão do aumento de renda da população, e do múltiplo preço/lucro atrativo, o que constitui bom ponto de entrada para investidores.

Quais os riscos? Caso a expectativa de melhora econômica não se concretize, ou haja uma deterioração do cenário, a empresa pode ter queda nas vendas e nos lançamentos, além de um potencial aumento de distratos. Além disso, caso o projeto de lei dos distratos tenha desfecho negativo no Congresso, as ações do setor, especialmente aquelas ligadas aos segmentos de média/alta renda, poderão ser impactadas significativamente.

Vale (VALE3)

Por que comprar? (1) cenário de minério de ferro e níquel construtivo e acima das expectativas de consenso; (2) mercado conservador, múltiplo descontado e à véspera do maior ciclo de dividendo da historia da empresa; (3) a companhia se beneficia de um cenário adverso, já que ganha com a alta do dólar, portanto, é um papel interessante no atual cenário de incerteza, trazendo proteção

Quais os riscos? Desaceleração da economia chinesa além do esperado, levando a uma queda material em preços de commodity; valorização do real em relação ao dólar, na medida que a Vale tem um negocio dolarizado; e não concretização da alta nas vendas de veículos elétricos ao longo dos próximos 3 a 5 anos, levando a um preço de níquel menor do que esperado.

Suzano (SUZB3)

Por que comprar? (1) preço de celulose se sustentando acima do esperado por mais tempo; (2) integração com a Fibria pode trazer até R$ 10 bilhões em sinergias (15% a 20% de seu valor de mercado atual); e (3) beneficio da alta do dólar e proteção ao cenário doméstico, o que é bem vindo no atual cenário de incerteza. As ações negociam a 5-5,5x EV/Ebitda 2019, abaixo dos 6,5-7x que vemos como justo.

Com 100% das receitas de celulose dolarizadas e boa parte das receitas de papel também, a Suzano é um dos grandes beneficiados com a alta do dólar este ano. Além disso, dado que a celulose é um negocio voltado para a exportação, a Suzano não sofre com a atual incerteza no campo econômico e politico no Brasil.

A Suzano é uma ação defensiva, negociando a múltiplos atrativos e em meio a um processo de fusão que deve destravar valor significativo. Apesar dos R$ 29 bilhões de dívida que devem ser contraídos para a aquisição da Fibria, esperamos que a “nova Suzano” nasça com dívida liquida/Ebitda entre 2,5-3x e termine 2019 em 2-2,5x, patamar visto como saudável.

Quais os riscos? Por ser uma empresa com receitas 100% dolarizada, o risco da tese de investimento é que o dólar caia fortemente no curto prazo, o que é improvável diante da incerteza do cenário eleitoral e o momento complexo da geopolítica global, contudo, não é impossível.

Gerdau (GGBR4)

Por que comprar? (1) recuperação de margem no Brasil acelerando; (2) Estados Unidos em tom de melhora; e (3) queda na alavancagem acelerando, com múltiplo descontado, negociando a perto de 20% de desconto em relação ao valor justo.

Quais os riscos? (1) desaceleração da economia no Brasil levando a uma queda na demanda e poder de preço das siderúrgicas – neste cenário, a Gerdau seria mais protegida em relação à Usiminas, por ter uma porção relevante do negocio fora do Brasil; (2) desaceleração da economia norte-americana e / ou reversão das barreiras comerciais que beneficiaram as siderúrgicas nos Estados Unidos e (3) Potenciais decisões negativas em relação a processos judiciais em andamento.

Usiminas (USIM3)

Por que comprar? (1) alavancagem da siderurgia à recuperação econômica; (2) preço internacional em alta, combinado com câmbio, o que pode levar preço no Brasil a surpreender; e (3) múltiplo atrativo, e a recente queda das ações é uma oportunidade.

Quais os riscos? A atual incerteza em relação a atividade econômica e ao cenário eleitoral traz risco para a tese de investimento em Usiminas. Depois da forte queda da ação, o analista acredita que o risco-retorno esteja “num nível interessante”. Vemos a ação negociando a 4,5-5x Ebitda 2018, o que se compara com uma media histórica de 6.5x.

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