“Relação preço x lucro da bolsa é confortável”, diz gestor de ações

"Carta do Gestor" da Franklin Templeton Investments mostra otimismo em relação ao mercado de ações

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – Apesar das evidências recentes de um crescimento mais lento da economia, alguns gestores seguem otimistas com as perspectivas do mercado de ações, como é o caso de Frederico Sampaio, CIO de Renda Variável, da Franklin Templeton Investments. 

Segundo ele, a atual relação preço/lucro da bolsa de 13x está “confortável dado o robusto crescimento de lucros esperado e pelo impulso proporcionado pelo ambiente de taxas de juros extraordinariamente baixas para a experiência brasileira” – e esse efeito não deve ser menosprezado mesmo com a maior proximidade da incerteza política, diz ele. 

Sampaio explica que os indicadores de confiança do consumidor, da indústria e de serviços recuaram no último mês, assim como os indicadores do mercado de trabalho. Essas observações abaixo do esperado, por sua vez, teriam acarretado em uma leve revisão do consenso de crescimento do PIB para 2018, de 2,84% para 2,75%. 

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Na opinião do especialista, na arena política as pesquisas recentes têm mostrado um cenário melhor sem a candidatura do ex-presidente Lula. O consenso a respeito da necessidade da reforma da previdência entre os candidatos também tem tranquilizado os investidores. “Os próximos meses podem trazer alguma volatilidade influenciada pela retórica de campanha de candidatos ainda relativamente desconhecidos”, escreve na Carta do Gestor. 

Em abril, enquanto o real seguiu o movimento global e se desvalorizou 5,8% em relação ao dólar, a bolsa continuou sua trajetória de alta e subiu 0,9%. Neste cenário, as ações das empresas produtoras de commodities se destacaram em função da alta de preços de seus produtos. Ações do setor de celulose (Suzano +23,7%), aço (Gerdau +7,4%), petróleo (Petrobras +2,9%) e mineração (Vale +15,3%) apresentaram valorização, enquanto os setores de construção civil (-5,5%), saúde (-5,4%) e financeiro (-3,7%) tiveram desempenho negativo no mês.