Bradesco dá “benefício da dúvida” à ação que tomba mais de 8% na semana

Aumento de capital de R$ 1 bilhão reduziria a relação dívida líquida/ebitda da Cemig dos atuais 3,98x para cerca de 3,66x

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – A Bradesco Corretora decidiu dar o “benefício da dúvida” às ações da Cemig (CMIG4) e manteve a recomendação de compra do ativo após o anúncio do plano de aumento de capital de R$ 1 bilhão.

O plano tem como objetivo reduzir a alavancagem, de acordo com a administração da companhia, e ocorrerá por meio de emissão de novas ações com preço de subscrição de R$ 6,57, valor 17% abaixo da cotação de fechamento de quarta-feira (26) e também abaixo do nosso preço-alvo de R$ 11 estimado pela Bradesco Corretora. A ação acumula queda de 8,65% na semana, até quarta. 

Esse valor estaria “incentivando” minoritários a subscrever para evitar uma diluição, segundo Francisco Navarrete, analista da corretora. “Mantemos nossa recomendação de compra por ora, dando à Cemig o benefício da dúvida de que seu foco principal deve ser vender ativos para reduzir a alavancagem, e não comprar ativos”, acrescenta.

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O aumento de capital de R$ 1 bilhão reduziria a relação dívida líquida/ebitda da Cemig dos atuais 3,98x para cerca de 3,66x.

Leilão

O leilão das usinas – São Simão (GO/MG), Jaguara (MG/SP), Miranda (MG) e Volta Grande (MG/SP) – trouxe um resultado acima do esperado para a Cemig. O governo arrecadou R$ 12,1 bilhões com a venda, contra expectativa de R$ 11 bilhões. 

Os chineses foram os únicos a fazer oferta por São Simão, de R$ 7,18 bilhões, ágio de 6,5% sobre o lance mínimo de R$ 6,74 bilhões; a oferta da Engie (EGIE3, R$ 36,29, -0,49%), antiga Tractebel, por Jaguara foi de R$ 2,17 bilhões superou proposta da Enel de R$ 1,92 bilhões, segundo a Aneel, ágio de 13,6%; A Engie levou ainda a usina Miranda, por R$ 1,360 bi, ágio de 22,5% sobre o preço mínimo de R$ 1,11 bilhão. Já Volta Grande ficou com a Enel, lance de R$ 1,419 bilhão, ágio de 9,8%. Os contratos têm prazo de 30 anos.