XP aponta 13 ações para investir em julho

 O setor financeiro permanece como preferido da XP, sendo o ativo do Itaú Unibanco o favorito

Weruska Goeking

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 SÃO PAULO – A equipe de análise da XP Investimentos divulgou sua carteira recomendada de ações para investir em julho. A estratégia para o mês permanece em fixar o beta em níveis mais baixos e manter papéis defensivos. “De forma geral, o beta permanece constante em relação ao do mês de junho”, contam os analistas;

 A exposição a papéis ligados ao governo foi reduzida, uma vez que – via de regra – possuem beta elevado e foi incluída ou elevada a participação de ativos resilientes que apresentem potencial de valorização.

 O setor financeiro permanece como preferido da XP, sendo o ativo do Itaú Unibanco o favorito. “Mantivemos nossa posição no setor de consumo mesmo após um mês desafiador em termos de bolsa”, conta o time de analistas.

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 Os analistas acreditam que a forte queda de papéis como Lojas Americanas e Pão de Açúcar tenham aberto oportunidade, dado que se mantém a perspectiva de melhora nos fundamentos para o ano.

 Em junho, a carteira da XP teve queda de 2,3%, enquanto o Ibovespa recuou 0,8%. No primeiro semestre de 2017, a carteira tem queda de 3,4% e o Ibovespa avança 3,3%.

 Veja a carteira recomendada para julho: 

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Empresa Ticker Participação na carteira
Itaú Unibanco ITUB4 15%
Petrobras PETR4 5%
Weg WEGE3 8%
Pão de Açúcar PCAR4 8%
Vale VALE3 6%
BM&FBovespa BVMF3 7%
Raia Drogasil RADL3 7%
Cosan CSAN3 6%
BB Seguridade BBSE3 7%
Lojas Americanas LAME4 8%
Suzano SUZB5 7%
Telefônica Brasil VIVT4 10%
M. Dias Branco MDIA3 6%

 Neste mês foi retirada a ação do Banco do Brasil (BBAS3), apesar do relevante potencial de valorização em 2017. No entanto, no curto prazo, a XP acredita que o papel possa ser impactado pela volatilidade do mercado, especialmente como reflexo da incerteza política. O fato de ser um banco público intensifica esse movimento, segundo os analistas.

 A XP trocou as ações preferenciais da Vale (VALE5) pelas ordinárias (VALE3) (-6%/+6%): As ações da Vale têm apresentado satisfatória recuperação em bolsa, acompanhando a cotação do minério de ferro no mercado internacional.

 “Acreditamos que o movimento de valorização se mantenha ao longo do mês de julho, mesmo que em menor intensidade. Recomendamos a troca das ações VALE5 por VALE3 em bolsa antecipando o movimento que deverá ocorrer no começo de agosto de 2017”, explicam os analistas.

 A XP reforça que as ações ordinárias (VALE3) deverão expandir a liquidez nos próximos meses, podendo até elevar sua participação no Ibovespa. Por outro lado, as ações preferenciais (VALE5) podem apresentar forte redução da liquidez ao longo dos próximos dois meses, sendo um risco adicional de investimento que é possível evitar com a troca das posições.

 A ação da Suzano entrou na carteira diante dos preços de referência da celulose com “saudável comportamento” no mercado internacional, sinalizando que a demanda continua forte e consistente. Além disso, a posição funciona como proteção em um cenário de desvalorização do real em relação ao dólar.

 “A possibilidade de venda da Eldorado (grupo J&F) é uma notícia positiva pra o setor, independentemente do comprador, já que postergamos a possibilidade de novas entradas de produção de outro player, equilibrando mais adequadamente oferta e demanda, reduzindo pressão nas expectativas dos preços da commodity”, explica a XP.

 Outra novidade da carteira é a ação da Telefônica Brasil (VIVT4) no lugar de AES Tietê (TIET11). Em termos de perfil de negócio, embora estejam em setores completamente diferentes, ambas as empresas possuem receita e geração de caixa resilientes, segundo a XP.

 Além disso, ambas possuem beta baixo. “Após um mês de queda para as ações de Vivo, sem justificativa por parte de fundamentos, acreditamos que tenha se aberto uma janela de oportunidade. Por outro lado, a performance de TIET11 acima do Ibovespa também dá chance de realização de lucros”, observam os analistas.

 As ações da Weg também entram neste mês devido às características de elevada rentabilidade, forte diversificação de produtos e geografia, além de ótima gestão e execução.

 Somado a isso, a recente desvalorização dos papéis em bolsa abre oportunidade de compra para investidores com perfil de longo prazo. A XP destaca também que a Weg já faz planos de aumentar a produção na esteira do novo pacote de concessões de infraestrutura anunciado pelo governo.

 Somente os 35 projetos na área de transmissão de energia vão demandar cerca de R$ 12,8 bilhões em investimentos, a maior parte do bolo para a compra de equipamentos elétricos, o que pode impulsionar as vendas da Weg, já que ela detém cerca de 35% a 45% de mercado neste segmento localmente.