BTG revê preço-alvo e agora ação pode subir “apenas” 56%

Apesar de riscos, o banco acredita que o sell-off das ações da Sanepar já foi longe demais

Weruska Goeking

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 SÃO PAULO – A equipe de análise do BTG Pactual revisou seu preço-alvo em 12 meses para as ações da Sanepar (SAPR4) após a decisão da Agepar (Agência Reguladora do Paraná) sobre a revisão tarifária da companhia, que ocorreu na quarta-feira (12) passada e confirmou o diferimento de oito anos para a empresa. O valor esperado é 56,4% superior ao registrado no fechamento de segunda-feira (17) e a recomendação é de compra.

 As tarifas praticadas pela empresa passarão por um reajuste de 25,63% com a aplicação do percentual de 8,53% para 2017, com o diferimento em mais 7 anos com a distribuição de forma linear de 2,11% anual corrigidos pela Selic. A agência também aprovou a alteração da estrutura tarifária, com a redução do consumo mínimo faturável, de 10 metros cúbicos para 5 metros cúbicos e ainda o incremento de novas faixas de consumo.

 A equipe do banco observa que os investidores ficaram desapontados com a decisão, uma vez que esperavam aumento de dois dígitos em 2017 e diferimento de quatro anos. O BTG avalia ainda que o mercado está cético em relação ao cumprimento do diferimento pelos próximos governadores do Paraná.

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 Supondo que o diferimento seja respeitado pelos próximos dois governadores, o preço-alvo para os papéis da Sanepar é mantido na previsão original de R$ 19, enquanto no pior cenário possível, com o cumprimento apenas dos dois primeiros anos e apenas com o repasse da inflação nos próximos seis anos, o preço-alvo cairia para R$ 15.

 Apesar desse risco, o BTG acredita que o sell-off das ações da Sanepar já foi longe demais e vê o papel em R$ 17 em 12 meses, valor que representa uma média ponderada dos dois cenários. “Estamos atribuindo uma chance de 50%/50% para ambos os cenários”, afirma o BTG.