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SÃO PAULO – O Deutsche Bank divulgou sua recomendação de compra para as ações do Grupo Pão de Açúcar (PCAR4) após ter recebido do CEO da companhia, Ronaldo Iabrudi, informações sobre iniciativas estratégicas para melhorar o posicionamento competitivo da empresa no longo prazo.
O preço-alvo estimado para as ações é de R$ 70 em 12 meses, valor 16,6% acima do observado no fechamento de quarta-feira (5).
Apesar de ainda operar em condições desfavoráveis, o banco alemão considera que o GPA deu início a estratégias importantes em meados de 2016 que devem reforçar sua posição no mercado.
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Apesar da potencial desaceleração nas vendas mesmas lojas, principalmente nos supermercados devido à desaceleração dos preços dos alimentos – após expansão de dois dígitos em 2016 e crescimento médio de um dígito este ano – o banco espera por ganhos de participação e, mais importante, manutenção da margem bruta e taxas de juros mais baixas para pavimentar o caminho para melhor dinâmica de ganhos.
O GPA pretende abrir de seis a oito lojas sob a marca Assaí e converter de 15 a 20 unidades do Extra Hipermercados para o formato de atacado, o que deverá aumentar a sua participação nas vendas totais do setor para mais de 40%, na opinião de Marcel Moraes, analista do Deutsche Bank.
Segundo o CEO da companhia, a conversão de lojas para o atacado é uma oportunidade de melhorar a rentabilidade. As primeiras cinco conversões previstas devem ocorrer “em breve”, e uma segunda rodada com a conversão de sete a oito lojas deve acontecer no terceiro trimestre. As demais ficarão para o fim do ano.
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Para selecionar quais lojas passarão pela mudança, o GPA criou uma força-tarefa composta por funcionários do alto escalão do Extra, Assaí e áreas de apoio, que levarão em consideração a localização das unidades e os hábitos de compra dos consumidores da região.
O executivo da companhia explicou ao analista que o GPA vem investindo na melhoria das lojas de atacado, como a área de estacionamento, ar condicionado e atendimento. Como resultado, o CEO acredita que apenas uma fração dos clientes que migraram para as lojas de atacado durante a crise voltarão aos hipermercados na recuperação da economia.
