Analistas fazem suas apostas e recomendam 5 ações para esse semestre

Expectativa de que o dólar aumente nos próximos meses motiva algumas das indicações

Leonardo Pires Uller

(Shutterstock)

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SÃO PAULO – O primeiro semestre de 2015, apesar de muitos altos e baixos, não foi ruim para os investidores em ações no Brasil. O Ibovespa, principal índice de ações do país, fechou os primeiros seis meses do ano com alta de 6,15%. No entanto, em que empresas o investidor pode apostar no segundo semestre? O InfoMoney conversou com analistas e chegou a uma lista de cinco ações recomendadas.

1 – BRF (BRFS3)
A BRF foi criada em 2009, a partir da associação das marcas Sadia e Perdigão, tornando-se uma das maiores empresas do mercado alimentício mundial. A companhia exporta para mais de 110 países e conta com marcas e produtos reconhecidos pelo público, como o Hot Pocket e o Chester, por exemplo.

Sobre a companhia, o analista do blog WhatsCall Flávio Conde destaca que ela tem boa parte de suas receitas em dólar, o que deve ser um ponto positivo, uma vez que existe a possibilidade de mais altas na moeda estadunidense. “É uma opção defensiva bem interessante, além disso, a empresa está no meio de um plano estratégico muito bem executado tanto no mercado doméstico quanto no mercado internacional”, relata.

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2 – Embraer (EMBR3)
A Embraer é uma das maiores empresas aeroespaciais do mundo, com mais de 45 anos de experiência e cinco mil aeronaves vendidas em todos os continentes. A companhia ainda é líder no mercado de jatos comerciais com até 130 assentos, a quinta maior fabricante de jatos executivos no mundo e conta com 19 mil funcionários.

João Pedro Brugger, da Leme Investimentos, elogia a gestão da empresa, que classifica como “excelente” e afirma que essa também é uma opção de investimento para quem acredita na alta do dólar, uma vez que a empresa se beneficiaria diretamente em um caso assim.

3 – Petrobras (PETR4)
A empresa do setor de petróleo e gás está presente no Brasil e em outros 17 países, com uma produção diária de mais de 2,5 milhões de barris de óleo equivalente por dia. A companhia, que é controlada pelo governo federal, se viu, recentemente, envolta em vários escândalos de corrupção por conta dos desdobramentos da Operação Lava Jato, da Polícia Federal.

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Flávio Conde assinala que a nova diretoria da empresa está colocando ela no caminho certo. “Ela não apenas reconheceu perdas bilionárias relativas ao ano passado, como reduziram o plano de investimentos e estão trabalhando com bases mais realistas”, diz. Na opinião do especialista, a única coisa que falta para a companhia deslanchar é uma política de paridade de preços da gasolina e do diesel com os preços praticados no mercado internacional.

4 – Telefônica Brasil (VIVT4)
A companhia do setor de telecomunicações faz parte de um dos maiores conglomerados do setor no mundo, com presença em 24 países e mais de 130 mil colaboradores. No Brasil, a as atividades da Telefônica Brasil começaram em 1998 e a presença da companhia se estende a mais de 3,7 mil cidades e um total de 91 milhões de clientes.

Em relação à companhia, João Brugger destaca o desempenho abaixo do mercado da companhia em 2015 até agora. Além disso, a gestão da empresa “agrada bastante” e ela segue sendo uma boa pagadora de dividendos, de acordo com o analista da Leme Investimentos. Tudo isso faz com que seja uma boa escolha para esse semestre, na visão do especialista.

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5 – Pão de Açúcar (PCAR4)
A companhia é líder no segmento varejista no Brasil, com presença em 19 estados e o Distrito Federal e quase 2 mil lojas, chegando a uma área total de vendas de 2,7 milhões de metros quadrados e 156 mil colaboradores. A companhia ainda conta com 58 centros de distribuição.

Em relação à companhia, Flávio Conde destaca que o mercado exagerou na queda do papel por conta de uma potencial abertura de capital do Carrefour Brasil e queda no desempenho da Via Varejo, empresa controlada pelo grupo. Além disso, essa também é uma escolha mais defensiva.