Coinvalores recomenda 2 ações e espera alta de 30%; saiba quais

Os analistas estão otimistas com dois papéis do setor de concessões

Leonardo Pires Uller

Pedágio na rodovia Castelo Branco

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SÃO PAULO – A equipe de análise da corretora Coinvalores divulgou relatório em que comenta as empresas do setor de concessões. Os analistas recomendam comprar os papéis da CCR (CCRO3) e Ecorodovias (ECOR3) e manter os da Arteris (ARTR3).

Em relação às ações da CCR, a Coinvalores afirma que revisou suas projeções para a empresa após a perda da concessão da ponte Rio-Niterói, que foi o primeiro ativo rodoviário concessionado no Brasil e o primeiro contrato do tipo a vencer e ser releiloado.

“A companhia ofereceu o menor deságio em relação à tarifa-teto no leilão que acabou sendo vencido pela Ecorodovias”, relatam os analistas. A equipe de análise estabelece um novo preço-alvo para o papel de R$ 19,90 por ação – o que totaliza um potencial de valorização de 29,73% em relação ao fechamento do dia 21 de maio de 2015.

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A recomendação de compra da equipe de análise é feita com uma importante ressalva: as controladoras da CCR estão envolvidas na investigação da Operação Lava Jato e enfrentam um momento conturbado, precisando, inclusive, vender alguns ativos.

“Se a CCR for um desses ativos escolhidos para desinvestimento, isso traria uma forte pressão vendedora para os seus papéis, ou seja, os papéis apresentam bom upside, mas o investidor deve ter ciência desse fator bastante negativo que pode influenciar sua cotação no curto prazo”, escreve a corretora.

Já sobre a Ecorodovias, a corretora afirma que adicionaram a concessão da ponte Rio-Niterói em suas projeções para a companhia. A empresa ganhou o leilão oferecendo um deságio de 36% em relação à tarifa-teto e os investimentos previstos estão estimados em R$ 1,3 bilhão, sendo R$ 810 milhões somente nos cinco primeiros anos.

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A avaliação dos analistas é que o deságio foi muito agressivo e, sem essa concessão, o preço-alvo do papel seria maior do que os R$ 9,70 estimados por eles. Mesmo assim, com essa projeção, o potencial de alta para o papel é de 19,02%.

“Apesar do momento bem desfavorável para a companhia, consideramos o patamar atual de preço excessivamente descontado, dessa forma, para clientes com expectativa de retorno de longo prazo, vale montar posição no papel”, conclui a Coinvalores.