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SÃO PAULO – A consultoria de investimentos Lopes Filho divulgou relatório em que não recomenda os papéis da Petrobras (PETR4). “Seguimos cautelosos em relação à Petrobras mesmo após a divulgação do balanço anual auditado, que teve o mérito de afastar novos rebaixamentos imediatos de rating pelas agências de risco e da cobrança de dívidas bilionárias antecipadamente, mas ao mesmo tempo atestou a roubalheira e a má gestão na companhia”, escreve, sem rodeios, a consultoria.
Os analistas destacam que não foi do dia para a noite que a empresa chegou à sofrível situação atual e que também não será em curto espaço de tempo que ela resolverá suas questões, que exigem mudanças profundas em sua estrutura.
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A Petrobras, para a equipe de análise, precisa mostrar uma melhora operacional, uma vez que a produção de petróleo no Brasil vem caindo, e financeira, já que sua dívida líquida ultrapassa seu valor de mercado. E tudo isso deve ser feito sem perder de vista a busca por um aprimoramento da gestão e da governança corporativa, que são “imprescindíveis para recuperar a confiança do mercado”.
“As principais preocupações no momento giram em torno da necessidade de redução da Capex (os montantes previstos para 2015 e 2016, de US$ 29 bilhões e US$ 25 bilhões, ainda são muito elevados) e da alavancagem financeira, da execução da alienação de ativos de US$ 13,7 bilhões no biênio 2015-16, em meio à menor cotação do petróleo, da não previsibilidade de novos reajustes de preços dos combustíveis”, escreve a Lopes Filho.
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Os analistas ainda destacam como preocupações saber como a companhia conseguirá prosseguir com seus projetos, uma vez que bloqueou cautelarmente 23 empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato e ter que lidar com processos abertos nos EUA.
“Lembramos que em virtude das investigações ainda em curso sobre a Operação Lava-Jato não podem ser descartados novos ajustes nos números da companhia”, pondera também a Lopes Filho.
