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SÃO PAULO – A equipe de análise do Deutsche Bank divulgou relatório em que comenta os bancos brasileiros. Os analistas recomendam compra somente para os ADR (American Depositary Receipts) do Itaú Unibanco. Os recibos do Bradesco e ações do Banco do Brasil (BBAS3) e BTG Pactual (BBTG11) ficaram com recomendação de manutenção, enquanto os ADR do Santander Brasil receberam recomendação de venda.
Os analistas comentam a forte desvalorização do real, e afirmam que, embora acreditem que os bancos aguentarão a tempestade que está vindo, a análise deles indica que os riscos estão claramente aumentando, fazendo com que mantenham uma visão cautelosa no setor.
A escolha pelo Itaú Unibanco como sua “top pick” no setor se dá pela crença dos analistas de que a companhia conseguirá manter seu ROE (Retorno sobre o Patrimônio, na sigla em inglês) acima da média. Mesmo assim, o Bradesco é apontado como a escolha mais defensiva pelo Deutsche Bank, seguido pelo próprio Itaú.
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O BTG Pactual, que também tinha recomendação de compra, foi rebaixado para manutenção uma vez que sua transparência é limitada. A recomendação neutra para o Banco do Brasil pelo fato de que, por mais que o papel tem um alto dividend yield e valuation atrativo, ele é comandado pelo governo, o que traz riscos adicionais.
A equipe de análise da instituição financeira alemã aponta que o Bradesco e o Itaú Unibanco contam com o maior excesso de reservas, na casa de R$ 4 bilhões e R$ 6 bilhões, respectivamente. Adicionalmente, alguns investidores expressaram preocupações sobre a exposição a cartões de crédito do Itaú, no entanto, esse ponto não oferece tanto risco ao banco, aponta o Deutsche.
Os analistas alteraram suas estimativas para as instituições financeiras pensando em um cenário de menor crescimento. Assim, a estimativa de receita líquida do BTG Pactual caiu 8%, enquanto as estimativas para o Itaú Unibanco, Bradesco e Santander Brasil acabaram sendo menos afetadas: na casa de apenas 1%.
