Citi indica compra de papel que recuou 70% desde julho, mas avisa: “alto risco”

O potencial de alta esperado pelos analistas para o papel é de 79,49%

Leonardo Pires Uller

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SÃO PAULO – A equipe de research do Citi divulgou relatório em que eleva sua recomendação para os papéis da Mils (MILS3). A recomendação dos analistas, que estava no patamar “Neutro/Alto Risco” foi para “Comprar/Alto Risco”. No entanto, o preço-alvo do papel foi cortado de R$ 25  por ação para R$ 14 – o que totaliza um potencial de valorização de 79,49% em relação ao fechamento do dia 16 de janeiro de 2014.

O papel passou por uma queda muito acentuada na bolsa nos últimos meses – recuando de 70,27% de julho até agora, e, para os analistas, isso se dá por causa do crescimento mais fraco e o impacto sofrido por conta do escândalo de corrupção na Petrobras. Para a instituição financeira, esses fatores deixaram a ação muito barata, abrindo espaço para compra.

A equipe de research afirma que o papel está sendo negociado em seu menor patamar desde o lançamento de suas ações na bolsa, em abril de 2010. Para ela, essa avaliação do mercado implicaria um colapso na companhia, contudo, a visão dos analistas é de que essa crise seria apenas um “soluço” de curto prazo.

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O corte do preço-alvo se deu pelo corte de estimativas para a companhia, principalmente para os próximos dois anos. A unidade imobiliária da Mills deve ser a mais afetada, dificilmente se recuperando até 2017. “Ainda que seja cedo para quantificar o impacto do escândalo de corrupção no setor de infraestrutura civil, nós cortamos nossa previsão de crescimento de receitas para 2015 para a divisão de construção pesada (da Mills) de 12% para 2%”, escreve o Citi.

Os tempos de crescimento muito forte da empresa também já passaram, de acordo com a equipe de análise. “Parece difícil que a Mils volte a ter um CAGR (taxa de crescimento anual composta, na sigla em inglês) de 27%, a qual ela desfrutou de 2009 a 2013”, afirma o research do Citi.

Os analistas ponderam ainda que o escândalo envolvendo a Petrobras pode ser um ponto de virada na estratégia de crescimento da Mills no médio prazo, mesmo quando o mercado se normalizar.