Deutsche escolhe sua preferida entre as varejistas de roupas; veja qual

Mesmo assim, os analistas cortaram o preço-alvo da ação que recomendam compra

Leonardo Pires Uller

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SÃO PAULO – Com os resultados do primeiro trimestre de 2014, os analistas do Deutsche Bank decidiram reiterar sua escolha pela Hering (HGTX3) como sua ação preferida no setor de varejo de roupas. No entanto, as previsões de lucro foram reduzidas em cerca de 10% no longo prazo, fazendo com que o banco reduzisse o preço-alvo do papel de R$ 37,00 para R$ 33,50.

Essa menor estimativa vem da incorporação da produtividade de vendas menor do que esperada nas novas lojas franqueadas da marca que foram abertas no interior do país. No entanto, a recomendação de compra foi reforçada uma vez que o potencial de alta da empresa supera os 50%, seu valutaion se mantém atrativo, com P/L (Preço sobre lucro) de 11,3 vezes, desconto de 54% em relação aos seus concorrentes e seu dividend yield atrativo, na casa de 5% a 6%.

O motivo para a expectativa de vendas mais fracas acontece por causa do cenário econômico desafiador e do ambiente competitivo. Uma loja franqueada vende apenas 70% do que vden uma loja tradicional, expõe ainda o Deutsche Bank.

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 No entanto, a recomendação de compra segue firme, uma vez que os analistas afirmam que um segundo trimestre mais fraco não seria motivo para uma mudança de classificação. “O fato é que o primeiro trimestre de 2014 foi mais fraco que o esperado e, aparentemente, o segundo trimestre do ano deve trazer números débeis no jogo, como vendas fracas e mais custos com matérias primas e com funcionários. Uma performance tão fraca está dando um susto na ação no curto prazo”, explica a instituição alemã que ressalta ainda que essa queda deixa a ação mais atrativa.

Após anunciar uma grande reestruturação no segundo semestre de 2013, a direção da Hering afirmou que os primeiros frutos do processo seriam absorvidos a partir do segundo semestre de 2014, com o lançamento da coleção de verão em agosto de 2014 e as campanhas de marketing intensificadas, que devem impulsionar as vendas da companhia.

“Como resultado (da iniciativa da empresa), esperamos que as vendas nas mesmas lojas cresçam 6% no segundo semestre de 2014, após uma queda de 3,1% na primeira metade do ano”, afirma o Deutsche.