Ações para comprar, esquecer e garantir sua aposentadoria

Eduardo Machado, analista da Amaril Franklin, indicou compra de Ambev, Petrobras, Vale, CCR e Itaú Unibanco

Arthur Ordones

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SÃO PAULO – Pessoas de 20 e poucos anos, que acabaram de entrar no mercado de trabalho, não costumam pensar na aposentadoria, talvez por ser algo pouco palpável ainda. No entanto, é de vital importância ter, desde bem cedo, um investimento seguro de longo prazo que garanta certo conforto no fim da vida. Quanto antes a pessoa começar a juntar, menor será a quantia que ela precisará por mês para que a terceira idade possa ser bem aproveitada.

Assim, ao pensar em investimentos de longo prazo, que garantam a aposentadoria, é muito comum vir à cabeça planos de previdência privada e títulos do Tesouro Direto com vencimento bem longo (2035 e 2050), como as NTN-Bs, que são papéis indexados ao IPCA, índice oficial de inflação do IBGE.

No entanto, não é verdade que somente esses tipos de investimento garantem a aposentadoria, afinal, esta também pode ser feita por meio do mercado acionário. Uma estratégia fundamentalista, que visa a compra de ativos de empresas extremamente sólidas, com ótimos fundamentos e boas pagadoras de dividendos, pode ser uma ótima pedida.

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Pensando nisso, o analista da Amaril Franklin, Eduardo Machado, indicou cinco ativos de empresas com ótimos fundamentos, extremamente sólidas e com chance quase nula de quebrar um dia. “São papéis para colocar na carteira e esquecer por 20, 30, 40 anos”, afirmou. “Assim, quando o investidor for se aposentar e lembrar desses investimentos, a probabilidade de encontrar um montante muito maior do que havia colocado é muito grande”, completou.

As ações
A primeira ação recomendada pelo analista foi a Ambev (ABEV3), que, segundo ele, é uma empresa que está sempre em crescimento. “O produto da Ambev é um bem de consumo essencial que em situação de crise é muito pouco afetado. A demanda tem uma queda extremamente marginal em situações de crise. Por isso é uma empresa considerada defensiva”, explicou.

Em seguida, Machado sugeriu a Petrobras (PETR4). De acordo com ele, o grande desafio do pré-sal vai fazer com que o investimento da empresa tenha retorno, mas, é válido lembrar que esse investimento, em especial, só será vantajoso em um horizonte de longo prazo. “A ingerência política da empresa, o alto endividamento e outros fatores farão ela sofrer ainda por mais um ou dois anos, mas em um horizonte de longuíssimo prazo fatalmente trará um bom retorno”, disse.

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A terceira recomendação foi o Itaú Unibanco (ITUB4). Segundo o especialista é uma empresa sólida e em situação muito boa. “As margens tendem a ficar melhores e compensando a queda de numero de contratos de concessão de credito, por exemplo”, afirmou.

A quarta ação do portfólio de longo prazo é a CCR (CCRO3). “Essa companhia é de concessão de serviço público e suas ações tem um perfil bem defensivo, que devem trazer bons frutos no longo prazo”, disse.

Por fim, Machado recomendou a Vale (VALE5). Segundo ele a companhia pode ser afetada por crises, mas como se trata de bens básicos sempre há demanda para os produtos. “Acredito que possa haver uma turbulência relacionada à China no curto médio prazo, mas no longuíssimo prazo também trará retornos muito positivos, sem dúvida”, concluiu.

Esqueça os papéis no dia-a-dia e fique atento nos dividendos
É importante lembrar que o investidor não deve se importar com a flutuação do Ibovespa no curto prazo, mas sim se preocupar em entender sobre o negócio da empresa, para assim se tornar efetivamente um sócio da companhia, na qual ela acredita e conhece.

Se o investimento é para 20, 30 ou 40 anos, ficar sofrendo com quedas pontuais não vale a pena e prejudica o investimento, pois pode fazer o investidor desmontar posição em um impulso, por medo das quedas.

O que tem que ser acompanhado é o desempenho mensal e anual dos papéis, só para avaliar seu andamento e avaliar uma possibilidade de troca, em caso de um desempenho muito abaixo do esperado em um longo período de tempo.

Os dividendos pagos pela empresa também devem ser levados em consideração, pois dependendo da ação que o investidor escolher, eles podem representar uma boa parte do lucro para quem faz investimentos de longo prazo. No entanto, é preciso ter cuidado ao escolher a empresa, pois não pode se basear somente nesse fator.