5 anos após a quebra do Lehman Brothers: lições que ficam para os investidores

Colunistas do site Motley Fool contam o que aprenderam depois de 2008

Leonardo Pires Uller

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SÃO PAULO – A quebra do banco de investimentos Lehman Brothers, que completou cinco anos no último domingo (15), foi o gatilho para uma crise financeira que dificilmente será esquecida pelos investidores.  O site Motley Fool perguntou para diversos colunistas e investidores o que eles aprenderam com a crise. Confira algumas respostas:

Seth Jayson: Para o colunista, a principal lição que ficou foi que o desenrolar dos acontecimentos só fica óbvio quando se olha em retrospectiva. Infelizmente, a maioria dos investidores não consegue lidar com este fato e vai acabar interpretando de forma errada para sempre a história recente, afirma Jayson.

Morgan Housel: O investidor cita cinco lições que aprendeu com a crise de 2008:

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– Dinheiro dá opções para o investidor, enquanto dívidas tiram as opções;

– É muito mais fácil falar “Eu vou comprar mais quando os outros estiverem com medo” do que realmente fazê-lo. As pessoas poderiam ter comprado de maneira mais agressiva depois da queda;

– No mercado, risco pode ter significados diferentes. A crise pode ter sido uma das maiores oportunidades que os investidores podem ter recebido em suas vidas;

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– Voltando para o início de 2007: A maioria dos especialistas pensaram que as pessoas não passariam por uma recessão. Apenas alguns previram o problema, uma quantidade ainda menor pensou que seria ruim. Ninguém captou os detalhes corretamente;

– Apenas quatro anos após a pior crise econômica dos últimos 80 anos e a maioria das ações já voltou para os patamares anteriores. Segundo Housel, isso também deve ser lembrado pelos investidores quando a próxima recessão vier.

Alyce Lomax: Depois de tempos assustadores, muitas pessoas aprendem um pouco, algumas não levam nada e outras aprendem que amam uma “boa” bolha. Essa é a triste lição que a colunista diz ter aprendido após 2008. Lomax afirma que os sinais de recuperação são frágeis e as pessoas estão se sentindo muito tranquilas, quando não deveriam. Segundo ela, quando as pessoas se recusam a aprender com seus erros a história acaba se repetindo.

Alex Dumortier: Para o colunista, a lição que fica é que só porque o investidor não consegue imaginar algo, não significa que isso de fato não possa acontecer: ninguém poderia prever a quebra do Lehman, mas nem por isso o gigante deixou de ruir. 

O conselho que ele dá é que, especialmente em situações em que existem muitas incertezas, nunca é perda de tempo questionar algumas das suposições básicas por trás das análises e tentar imaginar outros cenários – inclusive os que parecem impossíveis de se tornarem realidade.