Fundo de ações que investe em empresas estrangeiras rendeu 36% no último ano

A estratégia do Bradesco FIA BDR Nível 1 é investir em BDRS Nível 1 Não Patrocinadas que são negociadas na bolsa de valores de São Paulo

Diego Lazzaris Borges

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SÃO PAULO – Se a bolsa de valores de São Paulo patina faz tempo, existem alternativas que podem trazer um retorno mais elevado. Nos últimos 12 meses, o Ibovespa perdeu mais de 14%, mas o fundo Bradesco BDR FIA conseguiu uma valorização de 36,14% no mesmo período. Como é possível um fundo que investe em ações com desempenho tão diferente do principal índice da bolsa paulista? Simples, este fundo não investe em nenhuma empresa do Ibovespa. Aliás, em nenhuma empresa brasileira.

A estratégia do Bradesco  FIA BDR Nível 1 é investir em BDRS Nível 1 Não Patrocinadas que são negociadas na bolsa de valores de São Paulo. Os BDRs Não Patrocinados são recibos de empresas abertas com sede no exterior, e são negociados na bolsa brasileira desde 2010. Atualmente existem 70 papéis listados, entre eles recibos da Apple, Google, Linkedin, Goldman Sachs e McDonald’s.

O diretor de estratégia da BRAM, Joaquim Levy, aponta que o fundo é utilizado como uma estratégia de diversificação para os investidores. “O Bradesco BDR é oferecido como estratégia de diversificação de moeda, geográfica e de setores”, afirma o executivo. O fundo é destinado a investidores qualificados (que possuem R$ 300 mil em investimentos e atestam esta condição). “Quem tem um patrimônio entre R$ 300 e R$ 500 mil deve considerar uma diversificação deste tipo”, afirma Levy.

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Atualmente eles investem em 32 empresas e fazem uma gestão ativa, de olho em companhias com boas perspectivas de valorização. “Temos um percentual maior nos setores tecnologia, farmacêutico e um pouco de bancos”, diz Levy.

O diretor de renda variável da Bram, Herculano Aníbal Alves, ressalta que a economia norte-americana tem apresentado bons sinais de recuperação, o que impulsionou o desempenho das empresas negociadas na bolsa – e consequentemente, o resultado do fundo. “À medida que a economia dos EUA se expande, essas empresas voltam a crescer e os resultados têm ficado acima do esperado pelos analistas. O S&P500 renovou suas máximas neste ano”, lembra.

No entanto, ele acredita que depois de subir forte em 2013, é possível que haja alguma volatilidade no curto prazo. Além disso, Levy lembra que nunca se deve entrar em um ativo ou fundo olhando apenas o desempenho que ele teve no passado. “É preciso ver o fundo como uma estratégia de diversificação e não se deve esperar ganhos tão acentuados nos próximos meses.”

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O fundo cobra taxa de administração de 1,5% ao ano e exige ticket mínimo de entrada de R$ 20 mil. É destinado a investidores qualificados. Não há histórico acima de 24 meses, pois o fundo iniciou em novembro de 2011. Desde o início, a rentabilidade acumulada é de 57,3%.

Diego Lazzaris Borges

Coordenador de conteúdo educacional do InfoMoney, ganhou 3 vezes o prêmio de jornalismo da Abecip