Investidores estão mais otimistas com a bolsa em 2013, diz pesquisa

Apesar de mais otimistas, pretendem adotar estratégias de investimentos mais conservadoras, de acordo com pesquisa da Franklin Templeton

Arthur Ordones

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SÃO PAULO – A Pesquisa Global de Opinião dos Investidores, realizada pela gestora de recursos Frankin Templeton, apontou que investidores em todo o mundo estão otimistas com o cenário econômico em 2013, apesar da crise que ainda afeta diversos países. No entanto, segundo o estudo, a maioria pretende adotar estratégias de investimento mais conservadoras.

A pesquisa, que contou com a participação de mais de nove mil investidores, em 19 países, revelou as expectativas deles em relação aos mercados locais e global.

De acordo com o estudo, 66% dos brasileiros estão otimistas ou muito otimistas com o desempenho do mercado de ações em 2013, sendo que a faixa etária entre 25 e 34 anos é a com a maior expectativa. Do outro lado, entre os fatores que deixam os brasileiros mais receosos com o investimento de seus recursos estão a política fiscal do governo, que deixa 33% dos investidores do país inseguros quanto à dinâmica da economia local, seguido pela crise econômica global (32%), o retorno dos investimentos e a inflação (31%).

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Retorno esperado pelos brasileiros
O brasileiro, segundo a pesquisa, é o segundo grupo de investidores que espera o maior retorno absoluto sobre suas aplicações. A média de retorno esperado é de 13,5% em 2013 e 21,3% nos próximos 10 anos. Em primeiro lugar ficou a Índia. O estudo ainda mostrou que um número significativo de investidores brasileiros, 77%, acredita que atingirá seus objetivos de investimento sem precisar investir em ações. Nessa categoria, o Brasil ficou em primeiro lugar.

Sobre quais mercados investir, o estudou apontou que os brasileiros, em média, preferem manter ao menos dois terços dos investimentos no próprio país, um comportamento observado em quase todos os países e mais acentuadamente na Austrália, Índia, China e mesmo Estados Unidos. Na próxima década, os investidores globais pretendem manter 61% das aplicações em seus países de origem e aplicar os outros 39% no exterior, sem diferenciar entre mercados desenvolvidos e emergentes.

“Entre os motivos que trazem desconfiança ao investir no exterior, os mais citados entre os entrevistados brasileiros foram falta de conhecimento sobre mercados estrangeiros, o impacto da variação cambial nos recursos investidos e incertezas regulatórias e fiscais”, afirmou a pesquisa.

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Não é só o Brasil que está otimista
Não foram só os brasileiros que se mostraram otimistas com o ano de 2013. Ainda segundo o estudo, mais de 60% dos investidores dos outros 18 países participantes afirmam estarem otimistas em relação ao mercado de ações. Destes, 50% também demonstraram a intenção de adotar estratégias mais conservadoras ao investir.

“Por razões óbvias, já que a crise tem se mostrado mais forte no continente, 62% dos investidores europeus são os mais propensos a estratégias conservadoras neste ano. Na contramão, a maioria dos investidores, 51%, de Hong Kong pretende ser mais agressiva em seus investimentos, sendo que 72% deles acreditam que o mercado de ações é a modalidade que vai ter o melhor desempenho em 2013″, disse o estudo.

Os mercados que oferecem as melhores oportunidades estão na Ásia, onde a maioria dos entrevistados acredita que neste ano e na próxima década o otimismo será grande tanto para renda fixa quanto variável.

Método utilizado
A Pesquisa coletou respostas entre 14 e 25 de janeiro de 2013, de 9.518 pessoas, em 19 países: Brasil, Chile, México, Canadá e Estados Unidos nas Américas; Austrália, China, Japão, Hong Kong, Índia, Malásia, Coréia do Sul e Cingapura na região Ásia-Pacífico (APAC); e Espanha, França, Alemanha, Itália, Polônia e Reino Unido na Europa.

Os entrevistados eram obrigados a ter algum tipo de investimento, tais como ações, títulos, entre outros. Além disso, um limite mínimo de investimento foi definido para cada país para garantir que o entrevistado teria uma base de conhecimento para responder as perguntas da pesquisa.