Ibovespa parece não ter forças para superar os 55 mil pontos, diz SulAmérica

A SulAmérica Investimentos afirmou em sua carta de perspectiva semanal que o Ibovespa permanece refém de um cenário externo adverso e ambiente doméstico incerto pelo excesso de intervencionismo oficial

Arthur Ordones

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SÃO PAULO – A bolsa de valores segue volátil e impactada pelo cenário externo, além de sofrer forte influência de ações que detém peso importante no seu principal índice, o Ibovespa. Para a  equipe da SulAmérica Investimentos, esta semana deve ser mais uma em que o Ibovespa andará de lado. “O Ibovespa parece não ter forças para superar o atual nível de 55 mil pontos”. “(O índice) permanece refém de um cenário externo adverso e ambiente doméstico incerto pelo excesso de intervencionismo oficial”, completou.

O Ibovespa já caiu mais de 9% desde o início desse ano, indo de 60.952 pontos, para os atuais 55.092.

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O que esperar dessa semana
Durante essa semana, os holofotes estarão voltados para os dados oficiais de inflação (IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que devem mexer com o mercado. Segundo projeções da SulAmérica, apesar de uma leve desaceleração na alta mensal, quando comparada com a do mês anterior, devido aos primeiros efeitos da desoneração fiscal da cesta básica de alimentos, associada à dissipação da alta dos combustíveis, o índice anual, que estava em 6,31%, deve ultrapassar o teto da meta do governo, chegando a 6,65%.

Tal fator deve intensificar ainda mais as projeções do mercado para uma alta da Taxa Selic (taxa básica de juros) na próxima reunião do Copom, realizada nos dias 16 e 17 de abril.

Já os dados de vendas no varejo, que serão divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) também nesta semana, devem apresentar, de acordo com a gestora, um aumento de 0,6% na comparação mensal, mantendo a trajetória de alta observada nos meses anteriores, por um “reflexo dos fortes fundamentos do consumo doméstico”.

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“Pelo lado do produtor, o índice de preços ao produtor deverá continuar mostrando deflação, reflexo da alta ociosidade presente no setor industrial. De uma taxa anual de -1,6% apurada em fevereiro, a deflação captada por esse índice deve ficar em -1,7% com o dado de março”, completou a gestora.

Destaques Internacionais
“A agenda econômica internacional virá recheada de indicadores que poderão alimentar a volatilidade dos mercados. Grande parte virá da China, envolvendo novas informações sobre atividade e inflação. Esses dados deverão reforçar o cenário de que a economia chinesa ganha força puxada pela demanda doméstica, compensando a fragilidade externa”, finalizou.