4 perguntas que você deve se fazer antes de comprar uma ação

O educador financeiro do instituto Dsop, Reinaldo Domingos, indica quais são as principais perguntas que devem ser feitas a si mesmo para entrar no mercado de renda variável.

Arthur Ordones

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SÃO PAULO – Para comprar uma ação é preciso estar ciente de que ao fazer isso você estará comprando não somente um papel, mas sim uma parte de uma empresa, o que significa correr risco. A companhia pode ter um ótimo desempenho e lucros crescentes, mas também pode passar por dificuldades, enfrentar prejuízos e ver o preço das suas ações recuar na bolsa.

Por isso, é comum que muitas perguntas venham à cabeça de quem decide comprar ações. O educador financeiro do instituto Dsop, Reinaldo Domingos, indica quais são as principais perguntas que devem ser feitas a si mesmo para entrar no mercado de renda variável.

1- Eu conheço o negócio da empresa na qual vou investir? E dos concorrentes dela?
Ao tomar a decisão de comprar ações de uma empresa, a primeira coisa a se fazer é conhecer bem os negócios dela e o seu ramo de atuação. Cada companhia tem o seu negócio, suas características e estratégias, que estão diretamente ligadas ao seu desempenho, portanto, sem conhecer muito bem a atuação da empresa no mercado de trabalho, fica difícil de obter sucesso com o investimento.

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Conhecer o trabalho e desempenho das concorrentes também é importante, pois com isso fica mais fácil de prever os próximos passos da empresa investida e se ela terá sucesso ou fracasso em seu próximo resultado, já que ele muitas vezes depende (nem sempre e nem somente) do desempenho das concorrentes.

2- Qual é o meu perfil de investidor?
Antes de comprar ações é preciso conhecer os três diferentes perfis de investidores e identificar qual é mais compatível com seu perfil. Moderado, conservador ou arrojado? Se for um dos primeiros dois é melhor pensar bem antes de investir e analisar se você vai ter “estômago” para aguentar o sobe e desce comum no mercado de renda variável. Se achar que não tem condições, pode ser melhor esquecer as ações e partir para um investimento mais seguro, como os de renda fixa. Alocar uma pequena parte bem pequena do seu investimento em ações também pode ser uma alternativa para diversificar sem se expor tanto ao risco.

Já se você tiver um perfil mais agressivo, pode investir mais no mercado de renda variável, sempre analisando bem a empresa e seus fundamentos antes de comprar.

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3- Eu tenho dinheiro suficiente para cobrir os custos do investimento e uma possível perda elevada? Quanto do meu dinheiro devo investir?
Sempre levando em conta que o investimento em ações é de alto risco, é preciso estar preparado financeiramente e psicologicamente para eventuais perdas elevadas. O investidor também não pode esquecer que precisa colocar em suas contas todos os gastos com o intermediário financeiro, com a manutenção de carteira e com as comissões de corretagem.

Em relação à quantidade, é importante que a pessoa nunca coloque mais de 20% de seu capital no investimento de renda variável, diversificando os outros 80% em outros tipos de investimentos mais seguros.

4- Eu estou diversificando os setores das minhas ações?
É importante diversificar muito os setores das ações investidas, pois investir em apenas um segmento pode ser muito arriscado, afinal, qualquer crise específica no setor pode acarretar em uma perda muito elevada – caso do setor elétrico, que sofreu com intervenções do governo no ano passado. O investimento em diversos setores possibilita que uma crise em um deles seja compensada por um desempenho acima do normal de outro. A sua carteira nunca se deve depender apenas de uma companhia ou setor.