Sala de ações é alternativa para traders e pequenos investidores

Voltada para um público formado principalmente por traders, a XP Interfloat é uma das corretoras que oferece este serviço para os seus clientes

Diego Lazzaris Borges

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SÃO PAULO – Operar com toda a estrutura de uma corretora, com sistemas diferenciados, acesso às notícias e uma moderna plataforma de negociações. Para quem faz transações diariamente e vive da renda obtida no mercado acionário, esta é uma opção que se mostra cada vez mais conveniente.

Voltada para um público formado principalmente por traders, a XP Interfloat é uma das corretoras que oferece este serviço para os seus clientes. A corretora conta atualmente com 3 salas de ações na cidade de São Paulo e cerca de 200 posições. O gerente comercial da corretora, Alexandre Cassiani, ressalta que os clientes que operam por estas salas são, na grande maioria, investidores “profissionais”. “É aquele investidor que vive do mercado”, pontua.

Para este tipo de investidor, instantes podem representar fortes ganhos ou perdas acentuadas. Por isso, eles contam com uma estrutura completa para operarem da melhor maneira possível. “Ele vai estar em um ambiente de mercado, sem interferências externas que poderia ter na sua casa. Além disso, está ao lado de outros traders e pode trocar experiências”, afirma Cassiani.

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O cliente que utiliza estas salas encontra todo aparato tecnológico para operar da melhor maneira possível. Quatro telas de computador. No alto, as duas primeiras mostram gráficos com o comportamento de curto prazo de ações que fazem parte do Ibovespa. As duas de baixo revelam o book de ofertas e a plataforma de negociação. Manuseando tudo isso está o trader Anísio Primo Júnior, que vive do mercado acionário desde 2003 e que há dois anos frequenta uma das salas de ações da corretora XP Interfloat.

Ali, ele interage com outros investidores, tem acesso a informações do mercado em tempo real, além de toda estrutura que a corretora disponibiliza para os clientes que utilizam o seu espaço físico. Apesar de não ter chefe ou bater ponto, ele ressalta que o segredo para ganhar dinheiro neste mercado é a disciplina. “Você tem que ser muito focado, precisa ter muita dedicação e respeito ao seu patrimônio”, afirma.

Investidores de varejo
Mais voltado para o investidor de varejo, que ainda não vive do mercado de ações mas que se interessa pelo assunto e quer melhorar a rentabilidade do portfólio, a Bradesco Corretora conta atualmente com 15 salas de ações distribuídas pelas regiões Sudeste, Sul e Nordeste. As salas ficam dentro das agências, mas não é necessário ser correntista daquela agência para operar. “Todas as salas contam com dois operadores, que repassam as ordens dos clientes”, afirma o diretor da Bradesco e da Ágora Corretora, Aníbal Cesar dos Santos.

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O cliente que preferir também pode operar das próprias salas via home broker, contando com uma série de informações da equipe de análise para embasar a sua decisão de compra ou venda. “Nossa equipe possui cerca de 30 profissionais na área de análise, fazemos a cobertura de 108 empresas e temos 3 carteiras recomendadas. Essa é a nossa ferramenta para assessorar os clientes que querem operar”, afirma o diretor comercial da Bradesco e Ágora Corretora, Adilson Tanabi.

Outro grande banco de varejo que disponibiliza espaços para os clientes negociarem ações é o Santander, que possui atualmente 103 salas – o maior número entre todas as corretoras. “O objetivo é colocar um especialista em contato com o cliente para dar o suporte necessário para ele investir no mercado de ações”, afirma o diretor da Santander Corretora, Eduardo Jurcevic.

Lá, grande parte dos investidores não operam diretamente da sala, mas o executivo aponta que o primeiro contato na sala de ação é muito importante. “O cliente quer ter a relação de confiança com o especialista. Depois, muitos operam por telefone mesmo, já que tem suas próprias profissões”, afirma o executivo.

Formação de traders
Para aqueles que querem operar diariamente, mas não têm o conhecimento nem a confiança necessários para viver da bolsa, a XP Interfloat também oferece um treinamento específico, voltado para a formação de traders: o CDT (Centro de Desenvolvimento de Traders).

O programa possui quatro níveis e o enquadramento de cada trader acontece de acordo com o seu nível de conhecimento e experiência. “Cada um tem um perfil completamente diferente, por isso a intenção é fazer o investidor encontrar a maneira de operar que faça mais sentido e traga mais resultados para ele”, afirma Cassiani.

A última etapa do curso é feita na prática. O investidor passa a operar diariamente, mas com o auxílio de um coach (espécie de instrutor). “Ele pode tirar todas as dúvidas e ir entendendo o dia a dia”, diz o executivo.

Momento da bolsa
Para Aníbal Santos, do Bradesco, a queda nas taxas de juros e a maior dificuldade de conseguir bons rendimentos na renda fixa, mais cedo ou mais tarde vai levar mais pessoas para o mercado de ações. “Acreditamos no crescimento do mercado e achamos que vamos ter uma procura cada vez maior com a queda de juros”, diz.

No caso dos investidores “profissionais” da XP Interfloat, Cassiani lembra que para eles pouco importa se a bolsa está caindo ou subindo. “O que o investidor quer é volatilidade”, diz. “Ele opera todos os mercados: vendido, comprado, para ele tanto faz, desde que o mercado oscile bastante”, conclui o executivo

Diego Lazzaris Borges

Coordenador de conteúdo educacional do InfoMoney, ganhou 3 vezes o prêmio de jornalismo da Abecip