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SÃO PAULO – Na ânsia de investir, algumas pessoas não se preocupam os custos envolvidos em uma movimentação e que fazem uma boa diferença na hora de realizar os lucros da operação. Por isso, antes de optar por algum investimento, o primeiro passo é pesquisar as taxas e tarifas que são cobradas e entender a tributação que incide sobre aquela aplicação financeira.
No caso do mercado acionário, é importante estar atento a três custos: taxa de custódia (paga à Câmara Brasileira de Liquidação e Custódia), taxa de corretagem (paga à corretora) e emolumentos (pagos à bolsa). O investidor deve pesquisar quais são as taxas de corretagem e de custódia cobradas por cada instituição, já que elas variam de uma para outra.
É importante lembrar que operar de casa com o sistema home broker costuma ser mais barato do que comprar e vender utilizando a mesa de operações da corretora. Mas o educador financeiro e sócio da Mais Ativos, Álvaro Modernell, faz uma ressalva para as pessoas que fazem muitas operações durante o dia. “Fazer operações no estilo day-trade (compra e venda do papel no mesmo dia) pode sair muito caro para quem não tem tanto capital, já que os custos de negociações são altos. Por isso, na hora de verificar se a operação é ou não viável, é preciso incluir todos os custos envolvidos para ver se vale a pena”.
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Por último, o investidor não pode esquecer que no momento em que realiza o lucro de uma ação, 15% do rendimento líquido deve ser pago ao Imposto de Renda (apenas no caso de vendas mensais superiores a R$ 20 mil). No caso de day trade, a alíquota é de 20% independentemente do valor das vendas no mês.
Fundos de investimento e Tesouro Direto
Os fundos de investimentos cobram uma taxa de administração que varia de acordo com a instituição financeira. Sendo assim, também é possível encontrar ofertas melhores com uma análise prévia. Neste caso, é importante analisar o tipo de fundo e o histórico do gestor. Para fundos de ações com uma gestão ativa, por exemplo, a taxa de administração pode ser mais elevada (em torno de 2%, por exemplo), desde que o gestor entregue bons resultados aos cotistas constantemente. Já no caso de fundos passivos, principalmente referenciados no DI, uma taxa de administração de 1% já é considerada cara e compromete a rentabilidade.
Além da taxa de administração, alguns fundos também cobram taxa de performance (taxa cobrada quando o gestor atinge o objetivo da aplicação) e taxa de entrada ou de saída.
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No caso do Tesouro Direto, algumas corretoras ainda cobram taxa de administração, mas a maioria isenta seus clientes desta taxa. O ideal é perguntar antes de abrir a conta. Para investir nestes títulos ainda são cobradas outras duas taxas fixas: de custódia (0,3%) e de negociação (0,1%). Já o IR só é cobrado no momento em que o investidor vende os títulos ou quando eles vencem. A tributação é cobrada sobre a rentabilidade obtida pelo cotista. Tanto no caso dos fundos de renda fixa quanto no Tesouro Direto, é utilizada a tabela regressiva de IR.
Confira a tabela abaixo para saber o quanto é cobrado em diferentes prazos:
Prazo | Alíquota |
---|---|
Até 180 dias | 22,50% |
De 181 a 360 dias | 20,00% |
De 361 a 720 dias | 17,50% |
Acima de 721 dias | 15,00% |
Para fundos de ações, a alíquota é sempre de 15% sobre o rendimento, enquanto os fundos de curto prazo seguem a seguinte regra:
Prazo | Alíquota |
---|---|
Até 180 dias | 22,50% |
Acima de 180 dias | 20% |
No entanto, o prazo é referente aos títulos que compõe a carteira e não ao tempo em que o investidor permanece na aplicação.