Ações da Petrobras caíram mais de 76% em 6 anos; chegou a hora de comprar?

As ações preferenciais da Petrobras (PETR4) já caíram 76,51% desde o seu preço máximo dos últimos 10 anos

Arthur Ordones

Publicidade

SÃO PAULO – As ações preferenciais da Petrobras (PETR4) já caíram 76,51% desde o seu preço máximo dos últimos 10 anos, alcançado no dia 21 de maio de 2008. Neste dia, os papéis fecharam a R$ 40,28 e, de lá para cá, só caíram, chegando a R$ 9,46 no fechamento da última quinta-feira (18).

O preço mínimo deste mesmo período (desde 2004) foi de R$ 7,62, no dia 09 de dezembro de 2004 e, o patamar de hoje, equivale ao mesmo do fechamento de 1º de agosto de 2005, ou seja, o papel voltou ao patamar de mais de nove anos atrás. Levando em conta somente os últimos 12 meses, o preço máximo foi de R$ 24,90 e o mínimo de R$ 8,56, ou seja, em um ano, o valor do papel caiu 65,62% se compararmos o preço atual ao maior patamar do período.

Em 2014, a queda acumulada até o fechamento de ontem (18) é de 41,05%, enquanto que em dezembro a desvalorização é de 26,09% e, somente nesta semana, de 6,43%.

GRATUITO

CNPJ DE FIIS E AÇÕES

Para informar FIIs e ações no IR 2024 é preciso incluir o CNPJ do administrador; baixe a lista completa para facilitar a sua declaração

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

As notícias não são nada animadoras e, por isso, muitos investidores não sabem o que fazer em relação às ações da estatal, afinal, apesar de já terem caído muito, levando os múltiplos a ficarem baratos (ação a R$ 9,46 com VPA – Valor Patrimonial – de R$ 27,65), a companhia está com uma dívida astronômica, envolvida em diversos escândalos de corrupção e com uma gestão muito contestada.

Clodoir Vieira, economista e consultor da Compliance Comunicação, que compilou os dados históricos para esta reportagem, afirmou que, mesmo com as quedas expressivas, pode não ser um boa ideia comprar ações da Petrobras neste momento, visto que a empresa não tem fundamentos para se recuperar no curto médio prazo.

Para ele, quem já tem os papéis na carteira, não deve realizar o prejuízo, mas sim mantê-los no portfólio, porém, quem não tem ainda os ativos, deve continuar longe deles por tempo indeterminado. “Quem tem muitas ações da estatal, pode até pensar em comprar mais neste patamar para fazer um preço-médio, mas essa é a única situação que faz valer uma compra”, afirmou.