“A melhor defesa é estar investido”: saiba como o Morgan Stanley acha os campeões das bolsas globais

Victor Arakaki, representante da gestora americana, fala ao podcast Outliers sobre os desafios de gerir fundos de ações globais em tempos de volatilidade

Clara Sodré

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O Morgan Stanley é um conglomerado financeiro com mais de 90 anos de existência, que hoje conta com três linhas de negócios: um dos maiores núcleos de gestão patrimonial do mundo, com mais de US$ 4,5 trilhões sob gestão; um braço focado em mercado de capitais, que inclui corretora, banco e outros serviços; e uma área de gestão de recursos de terceiros, a Morgan Stanley Investment Management.

O terceiro negócio foi o tema da entrevista que Victor Arakaki, representante no Brasil da Morgan Stanley Investment Management, concedeu no episódio 56 do podcast Outliers, apresentado por Samuel Ponsoni, gestor de fundos da família Selection na XP, e Carol Oliveira, coordenadora de análise de fundos da XP.

“Não gerimos apenas ativos, mas também investimentos”, afirma Arakaki. Ao todo, a casa conta com 1.130 profissionais de investimentos distribuídos em 22 países, sendo os principais núcleos situados em Nova York, Londres, Hong Kong e Singapura. De acordo com ele, são US$ 1,6 trilhão sob gestão, sendo uma das 15 maiores assets do mundo.

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Arakaki comenta que a asset se organiza como um aglomerado de boutiques de investimentos independentes. Dessa forma, os núcleos utilizam a estrutura de risco, compliance, jurídico e distribuição da Morgan. Entretanto, no âmbito da gestão, cada estrutura tem sua dinâmica, localização e time. Segundo Arakaki, essa é uma das principais razões para cada estratégia ser vista como complementar.

Uma combinação poderosa

Na linha de possuir produtos e times complementares, o Morgan tem no Brasil algumas de suas principais estratégias, como o fundo Morgan Stanley Global Opportunities e o Morgan Stanley Global Brands. Arakaki reforça as diferenças entre ambas estratégias, a começar pelas equipes de gestão completamente diferentes, que resulta em filosofias de investimentos distintas também.

Arakaki comenta que, por um lado, o Morgan Stanley Global Opportunities é um fundo que busca valorização de capital de longo prazo, investindo em ações globais de empresas de alta qualidade em mercados desenvolvidos e emergentes.

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O Morgan Stanley Global Brands, por outro lado, é um fundo com estratégia long only de ações globais, com uma carteira entre 20 e 40 empresas, que busca diferencial através de uma abordagem fundamental bottom-up – primeiro analisando os fundamentos da companhia, buscando empresas com alto retorno sobre o capital empregado, alta margem de lucro, modelo de negócios, negócios de baixo capital intensivo e balanço forte.

“A melhor defesa é estar investido”

Aversão a riscos, conflitos geopolíticos, rotação de crescimento para valor. A lista de riscos e fatores que afetaram os mercados no início desse trimestre é longa. Ambas estratégias do Morgan operam apenas compradas. Por esse motivo, ficam suscetíveis às volatilidades do mercado. Dessa forma, Vitor Arakaki frisou a visão da Morgan sobre as estratégias, que entendem ser de longo prazo, e focam na qualidade dos ativos que compõem as carteiras.

A entrevista completa e os episódios anteriores podem ser conferidos por SpotifyDeezerSpreakerApple e demais agregadores de podcasts. Além disso, o podcast estreou no formato de vídeo no canal da XP no Youtube.