À frente dos EUA, Brasil tem 13 ETFs de criptos com patrimônio combinado de R$ 2,5 bi

Primeiro ETF com exposição direta a criptoativos do Brasil foi o HASH11, lançado há quase três anos

Paulo Barros

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Após alarme falso na noite de ontem, o mercado espera ver nesta quarta-feira (10) a aprovação do primeiro ETF de Bitcoin dos Estados Unidos com exposição direta ao ativo. Mas, embora esse produto seja novidade lá fora, o mercado brasileiro saiu na frente faz tempo: os ETFs de criptomoedas estão disponíveis na B3 há quase três anos, e já acumulam patrimônio somado que supera os R$ 2,5 bilhões.

Segundo dados da plataforma ETF.com.vc, da B3, as negociações de ETFs de criptoativos movimentaram, em média, pouco mais de R$ 8 milhões por dia na Bolsa brasileira nos últimos seis meses.

O primeiro ETF com exposição direta a ativos digitais lançado no país foi o HASH11, da gestora Hashdex, que atualmente é também uma das candidatas a emplacar um fundo de índice de Bitcoin nos EUA, junto com BlackRock e outras gestoras. O HASH11 é o líder do segmento na B3, com quase R$ 1,6 bilhão de patrimônio e mais de 126 mil investidores – em número de cotistas, está atrás apenas do IVVB11, que investe no índice de ações S&P 500.

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O HASH11 tem o Bitcoin (BTC) como principal ativo da carteira, mas há outros produtos compostos 100% pela maior criptomoeda do mercado. É o caso do BITH11, também da Hashdex, assim como o QBTC11, da QR Asset, e o BITI11, do Itaú. O trio acumulava até sexta-feira (5) patrimônio de R$ 628 milhões, segundo informações da plataforma de dados financeiros Economatica.

Embora o Brasil tenha saído na frente, a expectativa é que a chegada do novo veículo de investimento aos EUA gere um efeito bem mais significativo no mercado. A expectativa do banco Standard Chartered é de que os ETFs de Bitcoin americanos atraiam US$ 100 bilhões (cerca de R$ 490 bilhões) já no primeiro ano de operação, o equivalente a 11% do valor de mercado da criptomoeda.

A vantagem para o brasileiro é na variedade: enquanto no exterior ainda se fala em ETF apenas de Bitcoin, no Brasil há toda sorte de opções de produtos com exposição a ativos digitais menores, que são mais arriscados e voláteis, mas oferecem maiores potenciais de ganhos ao investidor.

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Confira os 13 ETFs de criptomoedas disponíveis na B3:

Nome do fundo (ticker)Número de cotistasPatrimônio
Hashdex Nasdaq Crypto Index (HASH11)126.116R$ 1,585 bilhão
Hashdex Nasdaq Bitcoin Reference Price (BITH11)12.643R$ 387 milhões
QR CME CF Bitcoin Reference Rate (QBTC11)36.185R$ 230 milhões
Hashdex Nasdaq Ethereum Reference Price (ETHE11)11.099R$ 126 milhões
Empiricus Teva Criptomoeda Top 20 (CRPT11)2.042R$ 71 milhões
QR CME CF Ether Reference Rate Fundo (QETH11)10.987R$ 78 milhões
Hashdex DeFi Index Fundo de Índice (DEFI11)3.129R$ 25 milhões
Hashdex Smart Contract Platforms (WEB311)1.684R$ 15 milhões
Investo Vaneck Smart Contract Leaders (BLOK11)79R$ 14 milhões
It Now Bloomberg Galaxy Bitcoin (BITI11)407R$ 11 milhões
QR Bloomberg DeFi (QDFI11)2.286R$ 11 milhões
Investo Vaneck Media And Entertainment (NFTS11)3.005R$ 4 milhões
Hashdex Crypto Metaverse (META11)1.651R$ 3 milhões
Fonte: Economatica (data de corte: 05/01/2024)

Paulo Barros

Editor de Investimentos