A escalada da guerra, a crise na China e o Brasil que merece uma nota 6

Ricardo Kazan, da Legacy Capital, e Fernando Fenolio, da WHG, refletem sobre temas fora do radar dos mercados, mas de extrema importância

Lucas Collazo

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Caros(as) leitores(as),

Esta semana tivemos, com certeza, um dos melhores episódios do Stock Pickers. Diante de tantas boas ocasiões, reconheço que é difícil dimensionar a qualidade quando todos os episódios são feitos com o máximo de dedicação. No entanto, assim como ocorre para produtores de vinho, essa “safra” foi acima do normal, sem dúvidas.

Eu e o “Hzão” (conhecido também como Henrique Esteter) queríamos uma oportunidade para discutir alguns temas que estão, de certa forma, fora do radar dos mercados, mas que são de extrema importância. Com isso em mente, formamos a bancada de peso:

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Ricardo Kazan, sócio e gestor de commodities da Legacy Capital, um dos maiores especialistas no tema do Brasil e grande vencedor nos últimos 15 anos que operou nesse mercado. Ao seu lado, Fernando Fenolio, sócio e economista-chefe da WHG, um nome de peso no que tange leituras macroeconômicas do mundo, numa casa que entrega resultados excelentes em investimentos ao redor do globo.

Nós discutimos sobre muitos temas: o provável pouso suave da economia americana, a situação “esquisita” e complicada no Japão, a escalada da guerra entre Rússia e Ucrânia, a crise chinesa e como isso afeta ao Brasil.

Porém, algumas coisas ditas na mesa me chamaram atenção:

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Aparentemente, segundo Fenolio, a probabilidade de um “soft landing” da economia dos EUA aumentou bastante recentemente. Algo que era praticamente descartado no início do ano e especialmente no ano passado.

A atividade segue firme, mas a inflação mostra que deve ceder após o trabalho feito por Jerome Powell e sua equipe no FED (banco central americano). Para quem acompanhou essa discussão de perto, sabe o peso da mudança dessa visão.

Parece que, apenas fatores exógenos podem gerar uma recessão, como “sustos” nos preços das commodities, por exemplo. Eventos como esse precisam de um catalizador, como uma guerra.

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Bom, esse foi o segundo grande destaque: para Kazan, a guerra entre Rússia e Ucrânia deve escalar. Enquanto parte do mercado acredita numa dissolução mais “pacífica”, por assim dizer, ele acredita que antes de um acordo a situação deve esquentar bastante.

Já vemos algumas commodities com respostas a esses avanços do conflito, mas devemos assistir mais daqui para frente. Por fim, Fenolio trouxe a mudança da dinâmica chinesa e como isso afeta o Brasil.

A WHG está mais pessimista com a região, mas isso não necessariamente é ruim para nós. Nossa economia e mercados sempre tiveram essa dependência, mas parece que isso mudou e, para Fenolio, seria até o inverso: podemos afirmar que a China apresentando resultados bons demais, pode afetar de maneira negativa por aqui.

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Quer entender melhor? Então assista ou escute o episódio desta semana do Stock Pickers.

Lucas Collazo

Host e conselheiro no fundo do Stock Pickers | Especialista em alocação e fundos de investimento no InfoMoney