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(SÃO PAULO) – Os investidores brasileiros têm ao menos 8 bons motivos para “desbancarizar” os investimentos, segundo Roberto Lee, diretor de marketing da XP Investimentos, a empresa que controla o InfoMoney. Entre eles, estão a possibilidade de aumentar os rendimentos, ganhar a comodidade de acessar todo tipo de produto em um mesmo lugar e ser atendido por um especialista em investimentos. “Existe um conjunto muito potente de motivos para a ‘desbancarização’ que só precisa ficar mais conhecido pela população”, diz Lee. É com esse objetivo que a XP começou a fazer a maior campanha de mídia de sua história, com investimentos previstos de R$ 4 milhões neste ano e de R$ 20 milhões em 2016. A campanha inclui TV aberta, canais a cabo, mídia impressa e internet e visa atingir homens e mulheres com ao menos 35 anos de idade e patrimônio a partir de R$ 200.000. “O público da XP mudou violentamente: ficou mais velho, mais rico e mais educado. Nossa comunicação vai falar com dinheiro mais sério e mais perene, mostrar nossa marca e dar sustentação à potência comercial que é nossa rede de mais de 400 escritórios de agentes autônomos de investimentos. Temos 115.000 clientes e queremos chegar a 1 milhão em 2020.”
Inicialmente a campanha vai espalhar o conceito de “desbancarização” dos investimentos – ou seja, a troca de aplicações financeiras ruins e caras distribuídas pelos grandes bancos de varejo por bons produtos financeiros distribuídos por empresas independentes de investimento. Na década passada, quando ocorreu um dos maiores ralis da história da Bovespa, os investidores trocaram os grandes bancos pelas corretoras independentes devido a funcionalidades e serviços como home broker que não sai do ar, relatórios de analistas, gráficos, notícias e assessoria de investimento. “Assim como a XP capitaneou esse movimento dos brasileiros para a Bolsa até 2008, a ideia agora é liderar o movimento de ‘desbancarização’ de toda a carteira de investimentos”, diz Lee. Leia a seguir os 8 motivos que ele aponta para que os brasileiros migrem seus investimentos para fora dos bancos:
1 – Elevar a rentabilidade
Ao investir por meio de uma empresa de investimentos independente é possível ganhar performance porque o produto do banco tem muito conflito. O banco está alinhado em distribuir apenas os produtos próprios. E o gerente do banco tem metas para distribuir os produtos mais rentáveis para o banco. A caderneta de poupança, por exemplo, tem seu papel apenas para aquele determinado público que tem pouco dinheiro e que junta pequenas quantidades de dinheiro a cada mês. É um produto cômodo e seguro para pequenos estoques. Mas quando a gente começa a pensar em dinheiro mais importante, a poupança perde muito a relevância. Pode ver que os bancos populam muito bem valores como comodidade e segurança, mas não falam de rentabilidade em suas comunicações. O investidor tem que fugir da poupança ou de produtos que lhe soneguem rentabilidade.
2 – “Desbancarizar” ficou seguro
Hoje o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) protege os investidores brasileiros de uma forma muito mais efetiva em caso de problemas de liquidez em algum banco. Em 2013, o limite de cobertura do FGC para depósitos em CDB, LCA, LCI, letra de câmbio, caderneta de poupança e conta corrente aumentou de R$ 70.000 para R$ 250.000. Como algumas empresas independentes de investimento distribuem títulos de renda fixa de dezenas de bancos diferentes e como a cobertura do FGC é de R$ 250.000 por banco, o investidor consegue montar uma carteira de milhões de reais inteiramente coberta pelo FGC. Outro avanço foi que boa parte das corretoras e bancos médios passou a registrar todos esses títulos em nome do cliente na Cetip – o que dá mais garantia ao investidor, tapa a brecha para qualquer possibilidade de fraude e facilita o trabalho do FGC de auditar quem faz jus a indenizações em caso de quebra de um banco. Para a maioria das pessoas, segurança ainda é um sentimento muito mais emocional do que racional. Os bancos sempre popularam o conceito de segurança com tamanho e presença por meio de agências bancárias. O que a gente quer mostrar é que as pessoas podem sentir a mesma segurança com uma empesa de investimentos independente. Nossa marca precisa existir de forma robusta – daí a necessidade de fazer uma grande campanha de mídia. Nossas pesquisas mostram que dá para trabalhar segurança com conhecimento, mostrando às pessoas como pode ser seguro investir fora dos bancos. Não que a XP também não vá ter agências nas ruas no futuro. Agências podem ser showrooms da nossa marca. Em Manhattan, tem mais lojas da empresa de investimentos Fidelity que do McDonald’s. Ninguém entra numa Fidelity, mas funciona muito bem como um showroom de oferta.
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3 – Mais comodidade
As empresas independentes de investimentos possuem plataformas abertas que permitem que você monte uma carteira de aplicações mais adequada a suas necessidades. Isso dá uma eficiência à guarda de seu dinheiro que os bancos não lhe oferecem. As ferramentas dos bancos são sempre as mesmas. Os bancos oferecem um número limitado de produtos que são muito rentáveis para eles mesmos. Eles dizem para você investir nos produtos deles, que funcionam mais como uma reserva de valor contra a inflação do que como fonte de rentabilidade. Mas investir não é ter um lugar para guardar o dinheiro. Investimento envolve performance. Quando você analisa uma plataforma aberta de investimentos, onde centenas de bons produtos são distribuídos, há enorme comodidade para o cliente encontrar o que precisa. O banco tem comodidade no serviço bancário, com conta corrente, caixa automático, saque, transferências, cheques, cartões, pagamentos, etc. Para esse dinheiro do dia a dia que você tem até mais contato, o banco funciona muito bem. Mas o dinheiro que realmente importa – que é o dinheiro do futuro – foi trabalhado pelos bancos com plataformas fechadas que afastam o cliente. A indústria independente entende melhor esse dinheiro do futuro, cria mais produtos para atender essa demanda, explica melhor o que o cliente deveria fazer, difunde o conhecimento. Até pouco tempo atrás, as corretoras independentes também não tinham uma solução para o dinheiro importante. As corretoras trabalhavam muito bem produtos de Bolsa, mas não tinham soluções como fundos, renda fixa ou veículos para investimento no exterior. O que a gente está comunicando agora é que isso mudou e que neste momento tem um monte de solução nas corretoras. Se há uma plataforma aberta com zero de conflito de interesse, fica muito mais fácil montar uma alocação que faça sentido para o cliente. A adoção de plataformas abertas já aconteceu em muitos países e ainda vai acontecer em outros. Talvez os bancos brasileiros abram suas plataformas mais adiante. Nos EUA já há distribuição cruzada de produtos. O cliente pode comprar produtos do Citi por meio de sua conta no Bank of America. É provável que um dia aconteça no Brasil, mas a gente acha que os bancos ainda vão manter uma reserva de mercado para seus próprios produtos por muitos anos.
4 – Assessoria especializada
O gerente do banco tem seu papel no mundo e a gente não quer desconstruí-lo. Mas ele é um generalista que distribui todo tipo de produto bancário. É uma figura muito diferente do assessor de investimentos, que é um especialista. Não dá mais para usar um generalista para cumprir uma função tão importante quanto a guarda de seu patrimônio. Um assessor de investimentos está muito mais bem preparado para lhe ajudar a escolher os produtos que farão parte de sua carteira. O assessor também fará um acompanhamento do desempenho e lhe avisará que pode ser a hora de fazer alguma mudança. Já o gerente do banco cuidará do seu dinheiro do dia a dia. Tanto isso é verdade que assessores de investimento também têm gerentes de banco.
5 – Há mais produtos isentos de IR
Algumas corretoras oferecem aos investidores amplas possibilidade de investir em produtos isentos de Impostos de Renda, como LCA, LCI, debêntures incentivadas, CRA e CRI. Até a década passada pouquíssimos brasileiros investiam nesses produtos – o que deixou de ser verdade nos últimos anos, com o aumento do número de emissores e da oferta para pessoas físicas.
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6 – Os fundos estão mais acessíveis
A indústria de gestão de fundos de investimento se desenvolveu muito. Há alguns anos não havia tantos bons gestores de fundos com produtos com aplicações iniciais mínimas acessíveis e com boa liquidez. Agora tem uma indústria preparada para receber o fluxo que está saindo da caderneta de poupança e de outros produtos bancários.
7 – A infra melhorou
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Do ponto de vista de capacidade de atendimento, a XP está investindo milhões de reais para dar robustez à infraestrutura de negociação. A XP tem caixa, tem dois grupos de private equity como sócios que podem dar suporte se forem necessários novos investimentos e tem conhecimento. Esse processo de adequação de sistemas já começou, mas você não vira a chave a passa a ter capacidade para atender 1 milhão de clientes do dia para a noite. A XP quer ser um “player” relevante na sociedade brasileira, com enorme capacidade de atração de investimento. Já temos captações médias mensais de R$ 1 bilhão. Queremos dobrar o volume de dinheiro que está sob custódia a cada ano.
8 – O investidor está mais educado
Às vezes quem trabalha no dia a dia do mercado financeiro não percebe, mas o público de homens e mulheres com 35 anos ou mais, bons empregos e patrimônio de ao menos R$ 200.000 já está bem mais educado financeiramente. As pessoas leem mais sobre o assunto e conseguem entender o que são bons e maus produtos financeiros, tomando as melhores decisões.