72% dos investidores planejam ajustar o portfólio antes das eleições nos EUA, mostra pesquisa do UBS

Segundo levantamento, setores de saúde, tecnologia 5G e destinados à sustentabilidade estão entre os preferidos nos próximos seis meses

Mariana Zonta d'Ávila

(Joaquin Corbalan/Getty Images)

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SÃO PAULO – Em um cenário já tumultuado pela pandemia de coronavírus, as eleições presidenciais nos Estados Unidos, que acontecem no dia 3 de novembro, agregam uma incerteza adicional para o mercado financeiro. Neste contexto, investidores têm se movimentado para ajustar posições na carteira.

Segundo a pesquisa “Investor Sentiment”, elaborada pelo banco suíço UBS, 72% dos investidores ao redor do mundo consideram mudar suas alocações antes do resultado eleitoral. A pesquisa foi feita entre os dias 22 de setembro e 12 de outubro com mais de 4 mil investidores e empresários de 14 mercados globais.

Além disso, após o resultado das urnas, 62% planejam realizar mudanças adicionais, segundo o levantamento do UBS.

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Nessa movimentação de carteira, os temas de saúde e de tecnologia 5G despontam como as principais alternativas no radar dos investidores, com 62% das menções cada, seguidos pelos investimentos destinados à “green recovery“, ou seja, com políticas socioambientais e de governança, apontados por 56% dos entrevistados.

Ainda de acordo com a pesquisa, a maioria dos investidores (54%) aposta na vitória do candidato democrata Joe Biden.

Investidores mais otimistas

Apesar dos relevantes impactos econômicos da pandemia de coronavírus e da alta volatilidade dos mercados globais, 55% dos investidores estão otimistas com o desempenho de suas próprias regiões nos próximos 12 meses.

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“Dada a incerteza sobre as eleições americanas e a Covid-19, os investidores parecem estar mais otimistas com suas próprias regiões do que com o mundo como um todo. Nesse período pré-eleitoral, acreditamos que os investidores devem diversificar globalmente e evitar concentrar tudo em seus próprios países”, escreveu, em nota, Iqbal Khan, co-presidente do UBS Global Wealth Management.

Nos EUA, 50% dos participantes da pesquisa disseram estar otimistas com a atividade da região, acima dos 41% registrados três meses atrás. Para as ações, 55% acreditam em ganhos à frente, resultado também acima dos 44% do levantamento anterior.

O país é tido como o mais atrativo para se investir, segundo 49% dos investidores ao redor do globo, mostra a pesquisa do UBS.

Já na América Latina, 62% disseram estar otimistas com a economia da região e 60%, com o mercado de ações.

Do total de entrevistados na região, 81% consideram mudanças no portfólio antes das eleições americanas e 73% planejam fazer mudanças adicionais com base nos resultados de 3 de novembro – a maior fatia ao redor do mundo.

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