7 ações de dividendos com boas perspectivas segundo 3 especialistas

Cielo, Valid, Telefônica e Souza Cruz foram algumas das ações recomendadas

Gabriella D'Andréa

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SÃO PAULO – A volatilidade da bolsa assusta muitos investidores. Mas dentro deste cenário de incertezas, as ações que pagam bons dividendos se destacam como uma alternativa para investidores que esperam, além da valorização dos papés, também ter lucro com os proventos pagos pelas empresas.  Por isso, o InfoMoney pediu a 3 especialistas que listassem algumas boas opções de empresas com um yield interessante para compor a carteira dos investidores. 

Confira quais foram as ações citadas pelos especialistas:

Cielo (CIEL3) – A empresa de soluções de pagamentos eletrônicos Cielo é a maior credenciadora de cartões do País em volume financeiro de negócios e foi indicada pelo gestor da Petra Asset Management, João Luís Piccioni, por atuar em um segmento que possui uma demanda constante.

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“A utilização dos serviços que ela oferece é algo contínuo. E a Cielo é um grande player que consegue transmitir sua tecnologia de forma consistente”, coloca Piccioni. “Ela está um passo a frente em termo de negócios quando comparada a seus pares”.

Além de possui um yield de 4,5% ao ano, o papel possui proteção contra a inflação que é captada através das receitas obtidas com as credenciadoras da companhia.

Valid (VLID3) – Atuante nos segmentos de meios de pagamento, sistemas de identificação e telecomunicação através da emissão de cartões de crédito, carteiras de habilitação e cartões SIM, a empresa foi citada pelo gestor da Petra pois os processos citados ainda precisam evoluir no País, segundo Piccioni.

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“A Valid possui uma forte geração de caixa e crescimento orgânico consistente. Ela deve prosperar no médio e longo prazo”, coloca. Como driver positivo, a companhia possui yield de 7,1% ao ano.

Telefônica (VIVT3; VIVT4) – Líder em Market share no segmento móvel, a empresa foi indicada pelo analista da PAX Corretora, Pedro Amaro, devido ao seu baixo endividamento e ao histórico de payout (percentual do lucro líquido ajustado que é distribuído aos acionistas) em torno de 100%. Além disso, o yield estimado para a companhia é de 7,4%.

A empresa possui forte caráter defensivo, caracterísitica inerente ao segmento de telefonia fixa, assim como receitas estáveis, fluxo de caixa facilmente previsível e viés de crescimento positivo. Outro driver positivo foi o resultado divulgado pela empresa no 4º trimestre de 2012 que ficou acima do que era esperado pelo mercado. 

EDP Energias do Brasil (ENBR3) – A companhia do setor elétrico também foi recomendada por Amaro com um yield estimado de 6,6% ao ano. Com presença em 11 países, a empresa é a 3º maior operadora mundial em energia eólica e deve apresentar crescimento operacional e em sua geração de caixa. A companhia também apresenta como viés positivo, situação financeira sólida e concessões de longo prazo que são protegidas contra a inflação. 

De acordo com dados da empresa, desde o seu IPO (Oferta Pública Inicial), em julho de 2005, até dezembro de 2012, já foram pagos R$ 2,1 bilhões em dividendos, o que representa cerca de 76% do preço da oferta inicial que foi retornado aos investidores.  

Souza Cruz (CRUZ3) – A empresa foi recomendada pelo analista da Walpires Corretora, Leandro Martins, pensando nas ações que possuem um bom histórico de dividendos. “Antes das intervenções do governo, as elétricas eram ótimas pagadoras, mas com a situação atual sobraram poucas opções no mercado e a Souza Cruz é uma delas”. Além de possuir regularidade nos lucros, a empresa possui yield esperado de 4,5%, de acordo com a Coinvalores.

A Souza Cruz é a maior empresa do setor no Brasil, com aproximadamente, 60% do mercado de cigarros e 16% da exportação de fumo. Seu histórico de distribuição de proventos é de cerca de 90% do seu lucro líquido semestral e paga trimestralmente juros sobre o capital próprio.  

Ultrapar (UGPA3) – O gestor da Petra Asset ressalta que os serviços oferecidos pela Ultrapar, que incluem distribuição de energia através dos postos Ipiranga, também fazem parte de uma necessidade corrente da sociedade.

“A empresa vai continuar vendendo, pois seus serviços serão sempre demandados. Outro ponto positivo é sua estratégia bem definida e acertada”, frisa Piccioni.

Com yield de 2,9% ao ano, a companhia possui elevado grau de governança corporativa, o que lhe proporciona maior transparência. Adicionalmente, seu modelo de negócios possui baixo risco e resiliência frente a turbulências macroeconômicas.

Banco do Brasil (BBAS3) – Também com um histórico relativamente bom, a instituição financeira foi indicada por Martins, da Walpires,  por ter um yield acima da média do mercado brasileiro. Enquanto essa média é de 5%, a ação possui um dividend yield de 6,2%, de acordo com dados da Rico Corretora.

Apresentando um avanço na margem financeira bruta e queda na inadimplência, o banco prossegue com bom desempenho de suas operações, com expansão de sua carteira de crédito, manutenção na qualidade dos ativos e contenção dos gastos administrativos.  

Um fator que era espero pelo mercado como motivo de impulso para as ações do banco, o IPO do BB Seguridade (braço de seguros, previdência e capitalização do Banco do Brasil), foi adiado por 30 dias pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários).