5 tipos de investimentos que devem estar em uma carteira rentável

Especialistas apontam quais fundos uma carteira deve ter para conseguir o melhor de cada ativo

Gabriella D'Andréa

(Shutterstock)

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SÃO PAULO – Quando o assunto é a aplicação em fundos, é comum que o investidor se depare com uma porção de categorias de nomes diferentes que nem sempre fazem sentido para quem aplica. Classificações como Long and Short Neutro, Multimercados Macro, Ações IBrX Ativo, Renda Fixa Crédito Livre às vezes não dizem muita coisa para quem quer apenas alocar seu dinheiro em uma aplicação que traga o retorno esperado dentro de um nível de risco aceito pelo seu perfil. A opinião é dos empresários e diretores do site www.comparacaodefundos.com.br, Daniel Resende e Felipe Sotto-Maior.

Em artigo, eles apontam que para ter uma carteira diversificada da maneira correta, o investidor deve olhar para cinco modalidades diferentes. Confira quais são elas:

1ª – Renda fixa
A renda fixa é a modalidade que deve ser utilizada para garantir segurança e estabilidade. Este tipo de aplicação vai ser responsável pela maior parte do capital dos investidores conservadores, que não gostam de correr muitos riscos. Mas os investidores que aceitam correr mais riscos também devem ter algum percentual dos recursos em renda fixa, com objetivo de diversificar. Os especialistas ressaltam que o investidor de renda fixa deve priorizar estabilidade, segurança, liquidez e taxas reduzidas.

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“E tome cuidado: não é na renda fixa que você deve buscar maiores rentabilidade e aceitar risco, pois essa é sua reserva de segurança”, alertam.

2ª – Valor relativo
Nesse tipo de aplicação, os gestores buscam agregar valor utilizando operações “antagônicas”. Dessa maneira, conseguem limitar as perdas e explorar o que cada ativo tem de melhor. Mas é importante se atentar que assim como as perdas são limitadas, os ganhos também são.

Um exemplo dado pelos empresários é que esses fundos podem operar na bolsa de valores, sem estarem correlacionados com ela. Assim, podem subir ou cair conforme a oscilação da bolsa. Adicionalmente, essa aplicação apresenta baixo risco, apesar de ser mais arriscado do que a renda fixa. São exemplos dessa modalidade os fundos de Long/Short e os de arbitragem.

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3ª – Fundos macro
Essa classe pode aplicar em diversos mercados como câmbio, inflação, bolsa, inflação, commodities etc. Através de constantes análises macroeconômicas, os gestores decidem em quais ativos se posicionar de maneira que consigam o melhor de cada.

“Esses fundos podem ser posicionados para ganhar tanto com a alta, quanto com a baixa dos mercados em que operam. O ganho depende do acerto das previsões do gestor. Devido a essa característica, os fundos macro tendem a ser mais voláteis que os fundos de valor relativo, mesmo que não sejam necessariamente mais arriscados”, frisam.

4ª – Fundos de ações
Com investimentos apenas em ações, este é o fundo considerado como o mais arriscado devido à volatilidade dos papéis. Uma maneira de mitigar esse risco é trabalhar no longo prazo ou trabalhar a ideia de que pode valer a pena aceitar oscilações e evitar perdas permanentes de capital.

Assim como ele pode acompanhar as quedas do mercado acionário, o gestor também pode conseguir ganhos expressivos em épocas de alta.

5ª – Investimentos imobiliários
Uma quinta opção, segundos os especialistas, são os investimentos em imóveis, comprados diretamente ou através de cotas de fundos imobiliários. Neste último caso, alguns possuem características de renda fixa, pois os aluguéis são como os juros, pagos mensalmente. Entretanto, existem aqueles que adquiriram características de renda variável, sendo negociados em bolsa. Sendo assim, o preço das cotas é determinado com base na relação oferta e demanda, assim como ocorre com as ações.

Análise mais detalhada
Apesar de saber no que um fundo investe através de suas classificações, os especialistas pontuam que não há como prever o comportamento apenas com base nisso. “Existem fundos de ações alavancados, com risco muito superior aos demais e sujeitos a perdas permanentes de capital. Há fundos macro com pouquíssimo risco, em muito se assemelhando à renda fixa, assim como fundos macro com altíssimo risco, mais agressivos que fundos de ações. E também existem fundos macro que utilizam estratégia de valor relativo, podendo se confundir uns com os outros em alguns casos”, colocam.

Com isso colocado, a sugestão é pesquisar as informações desses ativos no site da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e conversar com o gestor para entender melhor como o fundo atua.

Por último, os empresários ressaltam que na hora de estruturar sua carteira de maneira coerente é necessário, além de entender a estratégia da aplicação, levar em conta fatores pessoais como idade, objetivo do investimento, prazo etc.