Medalhista olímpico e campeão mundial, Arthur Nory vai a Tóquio em busca do ouro

Filho de pais esportistas, Nory entrou na ginástica inspirado por Daiane dos Santos, e hoje também é inspiração

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Arthur Nory, atleta da ginástica artística (Alexandre Loureiro/COB)

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Arthur Nory tem 27 anos e é uma das grandes esperanças do Brasil para conquistar uma medalha na ginástica artística nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2021. Em sua primeira Olimpíada, no Rio, em 2016, o paulista conquistou a medalha de bronze no solo, um dos seis aparelhos da modalidade masculina.

O pódio olímpico colocou o nome de Nory nos holofotes do esporte brasileiro como um dos principais atletas da atualidade. E ele correspondeu, sendo campeão mundial na barra fixa, outro aparelho da ginástica artística masculina, em 2019.

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Como tudo começou

Filho de mãe nadadora e de pai judoca, Arthur Nory Oyakawa Mariano cresceu em Campinas, sua cidade natal, como um apaixonado por esportes. Logo aos seis anos começou a dar seus primeiros passos esportivos, mas não foi nos tablados da ginástica, e sim dentro dos tatames, por influência do pai.

A ginástica artística entrou na sua vida em 2004, quando o jovem Arthur foi inspirado por Daiane dos Santos na Olimpíada de Atenas, na Grécia. Um ano depois, ele começou a praticar a modalidade e decidiu deixar o judô para poder se dedicar à ginástica.

A primeira medalha de Arthur Nory foi em uma Copa São Paulo. Apesar de não lembrar exatamente a posição final, ele recorda o sentimento do momento. “Fiquei em segundo ou terceiro lugar, não lembro, mas sei que queria treinar mais para poder ganhar”, relembrou.

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E assim foi. Em 2007, sagrou-se campeão Brasileiro Infantil aos 14 anos e ganhou sua primeira convocação para a seleção brasileira dois anos depois. “Foi seleção júnior para participar de um Pan-Americano, e foi incrível. Também treinei um período com os atletas mais velhos, o que só serviu de inspiração para o futuro”.

Rápida ascensão

Não demorou muito para os resultados de Arthur Nory aparecerem. E 2011 foi um ano particularmente especial para o ginasta. Além de ser convocado pela primeira vez para a seleção adulta, ele conquistou sua primeira medalha internacional nos Jogos Sul- Americanos de Santiago, onde foi ouro por equipes.

No ano seguinte, repetiu a dourada nos mesmos jogos Sul-Americanos em Rosário, Argentina, e de quebra, conquistou o ouro no solo. Já nos Jogos Pan-Americanos de Toronto em 2015, Nory conquistou a medalha de prata por equipes. E aos 21 anos, bateu na trave no Campeonato Mundial, ficando em quarto lugar.

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Arthur Nory, atleta da ginástica artística (Alexandre Loureiro/COB)
Arthur Nory, atleta da ginástica artística (Alexandre Loureiro/COB)

O ápice da carreira

O primeiro grande momento da carreira de Arthur Nory veio logo em sua primeira participação em Jogos Olímpicos. Na Rio 2016, na prova do solo, ele ficou em nono na classificação geral, sendo, em tese, eliminado.

Mas, entre os oito classificados para a final, havia três japoneses. E as regras da ginástica não permitem que mais de dois atletas de um mesmo país avancem para a disputa das medalhas. Nory, então, herdou uma das vagas na decisão e surpreendeu.

Com uma apresentação sólida, ele superou favoritos e conquistou a medalha de bronze ao lado de Diego Hypólito, um de seus ídolos, que ficou com a prata.

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“Foi uma emoção muito grande, indescritível, porque foi minha primeira Olimpíada, eu era o novato da seleção. E dividir o pódio com o Diego Hypólito, que é uma grande inspiração para mim por toda a história de superação. Não tem emoção melhor”, relembrou Arthur, se referindo às quedas de Diego em duas edições seguidas de Jogos Olímpicos.

Voltando ao topo

Depois da Olimpíada no Rio de Janeiro, Arthur Nory sofreu com algumas lesões no ombro. E apesar de ser algo normal na vida de um atleta, é um momento complicado.

“Tem vários momentos ruins na carreira do atleta e os piores mesmo são quando as lesões te afastam. Você fica sem treinar e sem a possibilidade de fazer o que ama naquele momento. Então é um momento de bastante superação e resiliência”.

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E realmente foi. Em 2019, ele voltou ao topo e brilhou como nunca. Conquistou três medalhas nos Jogos Pan-Americanos de Lima, sendo uma de ouro e duas de prata. E dois meses depois, atingiu novamente o maior momento de sua carreira.

No Campeonato Mundial em Stuttgart, na Alemanha, Arthur Nory foi simplesmente arrasador na barra fixa. Com uma nota impressionante de 14.900, faturou a medalha de ouro e se tornou campeão do mundo.

“Foi algo surreal. Foi um sentimento tão bom e gratificante por toda a equipe que me ajudou, todo o trabalho e o planejamento que a gente fez para chegar nesse resultado. E chegamos. Então, foi muito satisfatório não só para mim, mas para o treinador e os médicos, porque eu estava com o ombro bem ruim”.

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Pronto para mais

O ano de 2020 não foi fácil para Nory, assim como para a maioria das pessoas. A pandemia de coronavírus cancelou todas as competições do ano, além de adiar os Jogos Olímpicos de Tóquio.

Mais uma vez, foi preciso resiliência. E depois de quase um ano e meio, Arthur Nory voltou a competir. Foi na Copa do Mundo de Doha, no Catar, onde ele competiu em apenas um aparelho, na barra fixa, a mesma em que foi campeão mundial, e conquistou a prata.

Foi, no entanto, uma prata com gostinho de quero mais. Com uma série bastante sólida e elementos difíceis, o que aumenta a nota do ginasta, Arthur Nory vai com tudo para conquistar sua segunda medalha olímpica. Quem sabe agora, a dourada.

“A gente sabe de todas as condições e possibilidades de cada um. Então tenho que fazer o meu melhor para trazer o melhor resultado para o Brasil e um sorriso para os brasileiros”.

**Por Fernanda Zalcman

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