Mayra Aguiar e Rebeca Andrade ampliam carteira de potenciais medalhistas na Tóquio 2020

Judoca e ginasta brigam por medalhas na madrugada de quarta para quinta-feira e seriam ativos em forte tendência de alta se estivessem na Bolsa

Olimpíada Todo Dia

Ginasta Rebeca Andrade se apresenta na Ariake Gymnastics Centre, em Tóquio (Júlio César Guimarães/COB)

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Os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 seguem a todo vapor. O Brasil já conquistou cinco medalhas, sendo uma de ouro, duas de prata e duas de bronze — três delas vindo do skate e do surfe, modalidades estreantes no programa olímpico, e uma no tradicional judô.

Até aqui, tivemos algumas decepções e algumas surpresas positivas. Se por um lado o tão falado pódio triplo no skate feminino acabou virando “apenas” uma histórica medalha de prata de uma menina de 13 anos, por outro as conquistas de Kelvin Hoefler e Daniel Cargnin não eram esperadas. Isso ocorre porque a Olimpíada tem um modus operandis bem similar ao mercado financeiro: volátil e imprevisível.

Na carteira olímpica, atualizamos a lista de atletas brasileiros que têm chance de medalha — seriam as blue chips se estivessem na Bolsa. Como nas carteiras de ações publicadas pelas corretoras, a carteira de atletas reúne os esportistas que estão em momento de valorização, com base nos resultados das últimas competições e agora durante os Jogos Olímpicos.

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A carteira é modificada periodicamente, sempre que o cenário mudar. A publicação é feita pelos profissionais do site Olimpíada Todo Dia, especializado em notícias sobre esportes olímpicos, que fechou uma parceria com o InfoMoney para a cobertura dos Jogos.

Na última versão, a lista trouxe Ítalo Ferreira, que se consagrou como o primeiro campeão olímpico da história na modalidade surfe. Hoje, a carteira traz dois atletas que têm total condição de subir ao pódio: Mayra Aguiar, do judô, e Rebeca Andrade, da ginástica artística.

Mayra Aguiar durante treino no Ginásio Yuto, em Tóquio (Gaspar Nóbrega/COB)
Mayra Aguiar durante treino no Ginásio Yuto, em Tóquio (Gaspar Nóbrega/COB)

Mayra Aguiar

O Brasil tem grande chance de pódio com a judoca Mayra Aguiar, atleta do Time XP. Gaúcha de Porto Alegre, está prestes a completar 30 anos e tem mais da metade deles passados dentro da seleção brasileira de judô.

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Experiente, já conquistou duas medalhas olímpicas, ambas de bronze, na Olimpíada de Londres-2012 e Rio-2016. Também é bicampeã mundial, a única judoca brasileira a conseguir tal feito, e coleciona resultados expressivos nos principais campeonatos da modalidade.

Tranquila, experiente e inteligente nos tatames, Mayra poderia ser considerada “um investimento seguro”. A grave lesão que a atleta sofreu em setembro de 2020 não ofusca seu favoritismo em Tóquio. Mayra passou por cirurgia e ficou até o início de junho sem competir.

Recuperada, voltou aos tatames no Mundial de Judô disputado na metade do ano. Acabou caindo para uma húngara na segunda luta, mas não demonstrou algum tipo de sequela proveniente da lesão. Ela ainda acumulou pontos suficientes no ciclo para ser cabeça de chave em Tóquio, o que a afasta das grandes favoritas nos primeiros embates.

Ginasta Rebeca Andrade se apresenta na Ariake Gymnastics Centre, em Tóquio (Júlio César Guimarães/COB)
Ginasta Rebeca Andrade se apresenta na Ariake Gymnastics Centre, em Tóquio (Júlio César Guimarães/COB)

Rebeca Andrade

Se o “ativo” Mayra Aguiar é uma opção mais segura para o investidor olímpico, podemos dizer que a ginasta Rebeca Andrade é um ativo de maior risco, como se fosse uma small cap, prestes a se tornar uma gigante na Bolsa.

Nascida em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, Rebeca Andrade pratica ginástica desde os sete anos com o mesmo técnico, Francisco Porath Neto. De um talento único, a ginasta apareceu para o país no Troféu Brasil de 2012, onde conquistou medalhas em todos os aparelhos e o ouro no individual geral.

Desde então, Rebeca Andrade vem se destacando cada vez mais e defendendo a seleção brasileira de ginástica artística a ponto de se tornar um dos maiores nomes da equipe do país na modalidade ao lado de Flavia Saraiva e Jade Barbosa.

Na Olimpíada realizada no Rio de Janeiro, a ginasta se classificou para a final do individual geral com a 3ª melhor nota. Na decisão, não repetiu o excelente desempenho e terminou na 11ª colocação. Além disso, foi a oitava colocada por equipes.

Após os Jogos Olímpicos, já em 2017, Rebeca manteve o nível de suas apresentações e em duas etapas diferentes de Copa do Mundo conquistou três medalhas de ouro. Em 2010, na etapa da Copa do Mundo de Cottbus, na Alemanha, a ginasta conquistou pela primeira vez em sua carreira três medalhas em competições deste porte, com dois ouros e uma prata.

Você deve estar se perguntando: se o seu histórico é tão bom, por que não se fala muito dela como probabilidade de medalha quanto o vôlei masculino ou a própria Mayra Aguiar? A resposta está nas lesões que convivem com a ginasta.

Em 2019, quando vivia mais um bom momento em sua carreira, Rebeca sofreu uma séria lesão no joelho direito. Com o problema médico, a brasileira acabou ficando fora dos Jogos Pan-Americanos de Lima e do Campeonato Mundial, que poderia garanti-la para a disputa por equipes dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.

Com o adiamento da Olimpíada causado pela pandemia, Rebeca teve mais tempo de se recuperar e de fortificar o seu joelho. Sem competir há muito tempo, a atleta viveu seu “Dia D” no início de junho deste ano. Ainda sem a vaga olímpica, Rebeca precisava vencer o Campeonato Pan-Americano de ginástica para carimbar seu passaporte ao Japão. E a ginasta correspondeu.

Mostrando estar saudável, Rebeca deu show nas eliminatórias da Olimpíada de Tóquio. Classificou-se para a final do individual geral (onde os ginastas competem em todos os aparelhos; vence, portanto, o ginasta mais regular de todos) com o segundo lugar, apenas atrás de Simone Biles, dos Estados Unidos. De quebra, conseguiu avançar a mais duas finais: salto, com a segunda melhor nota, e no solo, com a terceira melhor nota e ao som do Baile de Favela.

A madrugada de hoje trouxe uma notícia triste, mas que indiretamente eleva as chances de medalha de Rebeca. Por não estar mentalmente bem e sobre muita pressão, Simone Biles, apontada como a grande estrela da Olimpíada, decidiu não participar da final do individual geral. Resta saber se a ausência de Biles vai causar pressão mental em Rebeca, haja visto que, agora, a brasileira é a ginasta com a melhor nota no individual.

Diríamos que não, uma vez que antes de suas apresentações em Tóquio ocorrerem, Rebeca teve de presenciar o drama da dor da amiga Flávia Saraiva, que acabou se lesionando enquanto realizava o exercício do solo. Rebeca está pronta para dar a volta por cima e levar a primeira medalha da ginástica feminina do Brasil na Tóquio 2020.

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