Carteira olímpica: atletas que podem tornar o fim de semana dourado para o Brasil em Tóquio

Faltando uma semana para o fim dos Jogos, Martine e Kahena são esperança de medalha na próxima madrugada

Olimpíada Todo Dia

Primeiro dia de treinos oficiais em Enoshima, Japão, de Martine Grael e Kahena Kunze (Daniel Vasco/COB)

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Faltando pouco mais de uma semana para terminar a edição de 2021 dos Jogos Olímpicos, ainda há muitas medalhas em jogo. O Brasil já conquistou dez, sendo duas de ouro (surfe e ginástica artística), três de prata (skate street e ginástica artística) e cinco de bronze (judô, tênis e natação).

Na carteira olímpica, atualizamos a lista de atletas brasileiros que têm chance de medalha — seriam as blue chips se estivessem na Bolsa. Como nas carteiras de ações publicadas pelas corretoras, a carteira de atletas reúne os esportistas que estão em momento de valorização, com base nos resultados das últimas competições e agora durante os Jogos Olímpicos.

A carteira é modificada periodicamente, sempre que o cenário mudar. A publicação é feita pelos profissionais do site Olimpíada Todo Dia, especializado em notícias sobre esportes olímpicos, que fechou uma parceria com o InfoMoney para a cobertura dos Jogos.

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Na sexta-feira, não incluímos nenhum ativo na carteira olímpica porque a lesão no joelho da judoca Maria Suelen Altheman durante a competição dos pesos pesados atrapalhou os planos de pódio do Brasil na competição por equipes.

Sem sua atleta para competir na categoria, o Brasil teve que improvisar a medalhista na categoria -78kg Mayra Aguiar. Acabamos perdendo na estreia para a Holanda e, na sequência, caindo na repescagem contra Israel.

Na madrugada deste sábado (31) para domingo (1), o Brasil conquistou sua segunda medalha de ouro, com a ginasta Rebeca Andrade, na final do salto sobre a mesa, medalhista de prata no individual geral da ginástica artística feminina. Na natação, Bruno Fratus faturou o bronze nos 50m livre da natação.

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Já o velejador Robert Scheidt, em sua sétima participação olímpica, encerrou a disputa sem medalha.

Na madrugada de domingo (1) para segunda (2), o Brasil tem chance de subir no pódio com Martine Grael e Kahena Kunze, também da vela.

Primeiro dia de treinos oficiais em Enoshima, Japão, de Martine Grael e Kahena Kunze (Daniel Vasco/COB)
Primeiro dia de treinos oficiais em Enoshima, Japão, de Martine Grael e Kahena Kunze (Daniel Vasco/COB)

Martine Grael e Kahena Kunze

A madrugada de domingo (1) para segunda (2) pode ser histórica para o Brasil. Pela primeira vez, poderemos ter mulheres bicampeãs olímpicas em esportes individuais.

Martine Grael e Kahena Kunze são as atuais campeãs olímpicas na classe 49er FX da vela e ostentam um currículo para lá de vitorioso. As duas possuem juntas um título mundial e quatro medalhas de prata.

​​Filha do velejador Claudio Kunze, Kahena Kunze praticou vela desde criança. Começou na represa de Guarapiranga, antes da família de mudar para o Rio de Janeiro quando tinha 10 anos. Ainda na adolescência, a paulista conheceu Martine Grael, com quem foi campeã olímpica no Rio de Janeiro e mundial na classe 49erFX.

Martine também tem pai velejador, e bem conhecido. Filha do bicampeão olímpico Torben Grael, Martine Soffiatti Grael, mais conhecida como Martine Grael, começou a velejar com apenas quatro anos de idade.

Campeã mundial júnior na classe 420 em 2009, Kahena Kunze esperou um convite de Martine Grael para formar dupla nos Jogos Olímpicos de Londres, mas a carioca preferiu competir com Fernanda Swan, então medalhista de bronze em Pequim.

Percebendo que seu sucesso na vela estaria ao lado de Kahena Kuze, Martine fechou a parceria com a amiga para o ciclo olímpico da Rio 2016 na categoria 49erFX. Logo no primeiro campeonato mundial de 2013, disputado na França, a dupla foi vice-campeã.

Um ano depois, as duas se consagraram campeãs do mundo, algo que lhes rendeu o prêmio do COB de melhores atletas do ano de 2014. Em 2015, foram novamente vice-campeãs do mundo e faturaram a prata nos Jogos Pan-Americanos de Toronto.

A partir dali, a entrosada a dupla começou a colecionar diversas medalhas. A mais importante de todas veio nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016. O ouro de Martine Grael e Kahena Kunze na classe 49er FX foi conquistado apenas nos metros finais, em uma das mais eletrizantes disputas de toda a Olimpíada.

Martine e Kahena seguiram competindo no mesmo nível após os Jogos do Rio. Foram medalhistas de prata nos dois mundiais seguintes, disputados em 2017 e 2019. No Pan de Lima, além de terem faturado a medalha de ouro, tiveram a honra de carregar a bandeira do Brasil na cerimônia de abertura, se tornando as primeiras mulheres brasileiras a realizar o feito.

Em 2021, foram ao pódio três vezes em três grandes competições, mostrando que chegariam com tudo em Tóquio rumo ao bi. A performance no Japão também foi excelente. As duas terminaram as 12 regatas de classificação na primeira colocação, com um ponto a menos do que as vice-líderes.

Chegarão à regata da medalha, portanto, dependendo apenas de si mesmas para se consagrarem campeãs.

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