Carteira olímpica: Boxe, Maria Suelen Altheman e Rafael Silva (Baby) são ‘ativos’ com grande chance de medalha

Portfólio acertou as conquistas de Mayra Aguiar, Rebeca Andrade, Rayssa Leal e Ítalo Ferreira: conheça os próximos potenciais medalhistas

Olimpíada Todo Dia

Atleta Graziele Sousa do boxe disputa as prelimanares contra a japonesa Tsukimi Nakimi na categoria 48-51kg, na Kokugikan Arena (Miriam Jeske/COB)

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Perto da metade da edição de 2021 dos Jogos Olímpicos, as disputas por medalhas seguem a todo vapor. O Brasil já conquistou sete, sendo uma de ouro (surfe), três de prata (skate street e ginástica artística) e três de bronze (judô e natação).

Assim como o mercado financeiro, a Olimpíada tem um modus operandis volátil e imprevisível. Mas quem acompanha o dia a dia dos atletas mesmo fora de ano olímpico consegue fazer suas previsões para os pódios.

Na carteira olímpica, atualizamos a lista de atletas brasileiros que têm chance de medalha — seriam as blue chips se estivessem na Bolsa. Como nas carteiras de ações publicadas pelas corretoras, a carteira de atletas reúne os esportistas que estão em momento de valorização, com base nos resultados das últimas competições e agora durante os Jogos Olímpicos.

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A carteira é modificada periodicamente, sempre que o cenário mudar. A publicação é feita pelos profissionais do site Olimpíada Todo Dia, especializado em notícias sobre esportes olímpicos, que fechou uma parceria com o InfoMoney para a cobertura dos Jogos.

Na última versão, a lista foi certeira e trouxe Mayra Aguiar, do judô, e Rebeca Andrade, da ginástica artística — ambas confirmaram as apostas e conquistaram medalhas nesta quinta-feira (29). O portfólio também tinha indicado anteriormente o atleta Ítalo Ferreira, que se consagrou como o primeiro campeão olímpico da história na modalidade surfe.

Hoje, a carteira traz mais dois atletas: Rafael Silva, mais conhecido como Baby, e Maria Suelen Altheman. Ambos são os representantes dos pesos pesados no judô. Outra recomendação para você ficar de olho é o boxe, onde também há chances de os brasileiros ganharem medalhas.

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Judoca Rafael Silva (azul), o Baby, treina no ginásio Yuto, em Tóquio (Gaspar Nóbrega/COB)
Judoca Rafael Silva (azul), o Baby, treina no ginásio Yuto, em Tóquio (Gaspar Nóbrega/COB)

Rafael Silva (Baby)

Para quem se pergunta como um atleta de 2,03 metros de altura, 155 quilos e ainda terceiro sargento do Exército Brasileiro pode ter o apelido de Baby, a resposta é simples: Rafael Silva tem fama de ser bonzinho, às vezes tímido e retraído, além de ser bem tranquilo.

Na Olimpíada de Tóquio 2020, Baby vai atrás de sua terceira medalha olímpica, tentando igualar o feito que Mayra Aguiar conquistou hoje. Baby é um dos maiores judocas da história do judô nacional.

Dono de duas medalhas olímpicas e outras oito em mundiais, o peso pesado brasileiro tem um longo histórico de conquistas vestindo os quimonos da seleção, mas se engana quem pensa que sua relação com o judô vem desde a infância.

Ao longo de 2011 e 2012 o brasileiro se consolidou como um dos judocas mais promissores da categoria, conquistando mais de 11 medalhas no Circuito Mundial, entre elas uma prata no tradicional Grand Slam de Tóquio e outra prata no mundial por equipes masculino, em Salvador, Bahia.

Foi também em 2012 que Rafael entrou definitivamente para a galeria dos grandes nomes de nosso judô, quando conquistou a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Londres, a única do judô masculino naquela edição e a primeira medalha da história dos pesados.

Rafael manteve sua ótima fase ao longo do ciclo olímpico de 2016 e chegou a liderar o ranking mundial, ficando à frente do francês Teddy Riner, um dos maiores nomes da história do judô mundial e que passou longo tempo sem sofrer uma derrota.

Na Rio 2016, Rafael Silva voltou a subir no pódio olímpico. Diante de milhares de brasileiros que acompanhavam sua luta na Arena Carioca 2, Baby derrotou o uzbeque Abdullo Tangriev.
Em 2021, no Campeonato Mundial, disputado em abril, terminou em quinto lugar após perder a medalha de bronze. Isso lhe garantiu o direito de ser cabeça de chave na Olimpíada, evitando assim os líderes do ranking.

Se Baby fosse uma empresa, teria histórico sólido e que constantemente entrega resultados positivos. Calmo e centrado, nunca se envolve em polêmicas e é muito frio nas decisões de luta.

O risco aqui se apresenta em sua chave. Os possíveis rivais são todos de alto nível e medalhistas em Campeonatos Mundiais no último ciclo. Se vencer a primeira luta, tem grandes chances de enfrentar nas quartas de final o multi-campeão e maior judoca da história, Teddy Riner. O francês tirou um ano sabático após o tricampeonato olímpico e já não é mais o líder do ranking.

Maria Suelen (branco) durante treino no ginásio Yuto, em Tóquio (Gaspar Nóbrega/COB)
Maria Suelen (branco) durante treino no ginásio Yuto, em Tóquio (Gaspar Nóbrega/COB)

Maria Suelen Altheman

Apesar disso tudo que falamos sobre Baby, ele não chega à Olimpíada de Tóquio como a principal esperança dos pesos pesados do judô. Ainda que não tenha o seu currículo, Maria Shelen Altheman vive uma melhor fase, principalmente em 2021.

Maria Suelen Altheman é uma das principais representantes femininas do judô brasileiro. Nascida no interior paulista, na cidade de Amparo, a judoca começou sua trajetória na modalidade aos oito anos, em um projeto social de sua cidade.

Agora, com 13 anos de carreira, a paulista coleciona importantes conquistas no judô. No peso pesado (+78 kg), Suelen possui duas medalhas de prata em Campeonatos Mundiais. No Rio de Janeiro, em 2013, e em Cheliabinsk, na Rússia, em 2014, Suelen foi para a final, mas nas duas oportunidades acabou derrotada pela cubana Idalys Ortiz.

A judoca tem também duas medalhas em mundiais pelas equipes mistas. O Brasil foi prata em Budapeste-2017 e bronze em Tóquio-2019. Em Jogos Pan-Americanos, a paulista tem duas participações e duas medalhas: bronze em Guadalajara-2011 e em Toronto-2015.

Suelen também soma duas participações olímpicas. Em Londres-2012, ela terminou a disputa na quinta colocação. Já na Rio-2016 acabou eliminada na estreia.

A judoca seguiu evoluindo no atual ciclo olímpico, muito em função da alta concorrência nacional com Beatriz Moura. Na Olimpíada, apenas um representante pode representar seu país. Nos Mundiais de 2018 e 2019, a paulista ficou na 5ª colocação.

Beatriz Moura teve um bom ano em 2021, forçando Maria Suelen a também entregar resultados. E foi isso o que ela fez. A judoca conquistou duas medalhas de bronze em Grand Slams de judô. O melhor momento, por enquanto, veio no Campeonato Mundial de junho. A peso pesado faturou uma inédita medalha de bronze.

O confronto decisivo pelo bronze foi contra Idalys Ortiz. O retrospecto negativo de 17 derrotas para a cubana não assustou Maria Suelen, que conquistou a vitória no golden score e quebrou a tradição de perdas nesse combate.

Sua chave também não é fácil agora em Tóquio. Cabeça do grupo, espera o primeiro confronto para estrear nas oitavas de final. Dele, na teoria, deve vir uma eslovena que já venceu a brasileira duas vezes nos únicos confrontos que tiveram e foi medalhista de prata na categoria de Mayra Aguiar.

Na sequência, Maria Suelen deve pegar, em tese, uma francesa que venceu dois Grand Slams no ano e foi duas vezes campeã europeia. Se passar, virá um inevitável reencontro com a velha rival: Idalys Ortiz.

Atleta Graziele Sousa do boxe disputa as prelimanares contra a japonesa Tsukimi Nakimi na categoria 48-51kg, na Kokugikan Arena (Miriam Jeske/COB)
Atleta Graziele Sousa do boxe disputa as prelimanares contra a japonesa Tsukimi Nakimi na categoria 48-51kg, na Kokugikan Arena (Miriam Jeske/COB)

Boxe

Você deve ter lido muitas notícias sobre diversos esportes, como vôlei, ginástica, surfe, skate, judô e outros até aqui, mas muito provavelmente não leu nada ou viu muito pouco sobre boxe.

Se você acompanha a carteira olímpica, sabe que a campeã mundial Beatriz Ferreira é muito favorita ao ouro e que se fosse um ativo, já deveria estar em sua carteira, porque tem grandes possibilidades de se valorizar. O caminho dela na Olimpíada começa na madrugada desta sexta-feira (30), mas não é sobre ela que falaremos agora.

Dois boxeadores estão nas quartas de final e, se vencerem as lutas, automaticamente já garantem uma medalha de bronze ao Brasil, uma vez que não há disputa pelo terceiro lugar na modalidade.
Abner Teixeira e Keno Marley fizeram grandes lutas nas oitavas de final e têm reais condições de ficar entre os quatro melhores. Hebert Conceição não luta nesta madrugada, mas venceu nas oitavas de final e também está a uma luta de levar ao menos o bronze.

Se fossem ativos, estariam extremamente descontados. O investidor que optasse por eles poderia até vê-los todos perderem nas quartas de final, porém o prejuízo financeiro seria pequeno devido ao baixíssimo preço dos ativos. O momento de entrar seria agora, já que daqui alguns dias a imprensa deve finalmente voltar os olhos aos boxeadores — e o preço deles subiria exponencialmente.

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