‘Atacada’ por vendidos, ex-OGX pede suspensão de aluguel e ação bate R$ 0,04 pela 1ª vez em 1 mês

Companhia solicitou ontem à CVM suspensão da negociação dos aluguéis das ações OGXP3 e OGSA3

Paula Barra

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SÃO PAULO – Para quem acompanhou a história da OGPar (OGXP3), antiga OGX Petróleo, lembra do passado nebuloso que cerca a empresa que hoje é cotada a poucos centavos na Bolsa. Três anos atrás, a empresa via seu futuro naufragar em meio a projeções infundadas, que culminaram na sua recuperação judicial, aprovada em junho de 2014. Uma sucessão de decepções que levaram as ações da companhia ao posto de mais requisitada por quem queria operar vendido na Bovespa nos idos de 2013. 

Todo burburinho gerado à época em torno do ação parece ter encontrado eco agora em um comunicado curioso divulgado pela empresa na véspera. Ao responder uma solicitação da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) sobre uma movimentação atípica de seus papéis entre 29 de janeiro e 15 de fevereiro, a OGPar solicitou à autarquia que suspensão das negociações de aluguéis das ações OGXP3 e OGSA3. O aluguel de ação é usado por quem opera vendido na Bolsa. Primeiramente, é necessário “tomar” o papel alugado para depois vendê-lo no mercado. 

Apesar de afirmar não conhecer nenhum fato que explique a forte oscilação de seus papéis, a companhia disse que “um fator que afeta a oscilação do preço das ações é o grande número de aluguéis, que permitem ser realizadas vendas a descoberto por investidores especulativos”.

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De acordo com o comunicado da empresa, o pedido de suspensão ocorre “tendo em vista a condição de Recuperação Judicial em que se encontram, com objetivo de evitar esse tipo de movimento predatório do valor de mercado”. O entendimento da OGX é de que tal preocupação deve, de fato, ser estendida ao contexto da Companhia”, diz o comunicado.

Nesta sessão, as ações da companhia bateram R$ 0,04 pela 1ª vez em um mês. Às 13h58 (horário de Brasília), os papéis eram negociados a R$ 0,03, alta de 50% frente o fechamento da véspera.