Bancos veem OGX a R$ 0,10 e ação despenca; demais empresas de Eike derretem na bolsa

Seis casas internacionais cortam preço-alvo dos papéis da petrolífera do Grupo EBX após suspensão do desenvolvimento de três poços

Paula Barra

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SÃO PAULO – As ações da OGX Petróleo (OGXP3) voltam a liderar as perdas do Ibovespa no pregão desta terça-feira (2) em meio aos cortes de preço-alvo realizados por seis bancos de investimentos internacionais. 

Às 11h41 (horário de Brasília), os papéis da petrolífera recuavam 10,71%, sendo cotados a R$ 0,50 – patamar mínimo do dia. No mesmo horário, o Ibovespa registrava queda de 1,46%, a 46.537 pontos. Na véspera, os papéis caíram 29,11%.

Na esteira, os papéis das demais empresas do Grupo EBX, do empresário Eike Batista, também apresentam desvalorizações, como é o caso de: OSX (OSXB3, -9,02%, R$ 1,21), MMX Mineração (MMXM3, -6,77%, R$ 1,24), LLX Logística (LLXL3, -3,37%, R$ 0,86) e CCX (CCXC3, -6,58%, R$ 0,71).

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Revisão no preço-alvo
Nesta manhã, o UBS reduziu o preço-alvo das ações da OGX, de R$ 1,00 para R$ 0,20, representando um potencial de desvalorização de 64,29% em relação ao fechamento da última segunda-feira (1). A mudança ocorre depois do anúncio de ontem da empresa sobre a descontinuação da produção dos três poços no Campo de Tubarão Azul ao longo de 2014 e a suspensão do desenvolvimento dos campos de Tubarão Tigre, Tubarão Gato e Tubarão Areia. Além disso, a empresa terá que arcar imediatamente com o pagamento de US$ 449 milhões à OSX.  

Já o HSBC e Credit Suisse reduziram o preço-alvo para R$ 0,30. Em relatório, os analistas do Credit Suisse reiteraram que a empresa precisaria resolver com urgência essa equação do fluxo de caixa tanto no curto prazo, quando no médio e longo prazo. Enquanto isso, o JPMorgan revisou para baixo o preço justo dos papéis para entre R$ 0,50 e R$ 0,70, reconhecendo o upside existente no caso da put ser exercida por Eike Batista, acionista controlador da OGX, embora existam preocupações quanto à possibilidade de entrar em prática. 

Por fim, o Deutsche Bank e Bank of America Merrill Lynch – com as análises mais pessimistas – reduziram o preço-alvo para R$ 0,10. As informações são da Agência Estado. O InfoMoney ainda não teve acesso aos relatórios de corte de recomendações, com exceção do JPMorgan.