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SÃO PAULO – Com o anúncio da suspensão do desenvolvimento de três poços em Tubarão Azul, a preocupação com a solvência financeira da OGX Petróleo (OGXP3) aumenta, já que o único campo petrolífero da empresa não produziu petróleo suficiente para que houvesse viabilidade comercial. É o que afirma Fernando Valle, da Citi Corretora.
Segundo ele, a venda de ativos é provável no curto prazo. Embora a empresa não vá enfrentar uma necessidade de caixa imediata, uma vez que não precisará mais perfurar poços de produção no projeto OSX2 e porque a OGX começará a pagar taxas de arrendamento para a OSX2 e OSX3 apenas ao final de 2013 e início de 2014, ele aponta que, para honrar compromissos futuros com exploração e desenvolvimento provenientes do 11° leilão ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) e em Atlanta, a empresa tenha que vender alguns de seus ativos.
Entre os ativos, ele acredita que a empresa poderá vender participação nos ativos de exploração adquiridos no leilão da ANP, no desenvolvimento de gás na bacia do Parnaíba, na participação de 40% da OGX no desenvolvimento de BS-4 em Santos ou mesmo nos restantes 60% de participação em Tubarão Martelo.
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No último leilão da ANP, que ocorreu em 15 de maio, a OGX adquiriu o direito de concessão sobre 7 blocos exploratórios em águas profundas e 2 blocos exploratórios em águas rasas, além de 4 blocos terrestres na Bacia do Parnaíba. No total, a empresa desembolsou mais de R$ 300 milhões.
Diante disso, ele reforça que permanece cauteloso em relação à empresa, mantendo recomendação de vender/risco alto para a OGX devido às incertezas em torno do valor de seus campos de petróleo e da situação muito difícil em termos de balanço para manter as operações nos próximos doze meses e retornar valor para os acionistas. Somente neste pregão, a companhia perdeu R$ 744 milhões em valor de mercado.
Todos os ovos na cesta OSX3
A esperança, segundo ele, reside no desenvolvimento do campo de Tubarão Martelo, com a plataforma OSX3 dentro do prazo para iniciar suas operações no quarto trimestre deste ano. As partes envolvidas concordaram em acrescentar uma cláusula de término antecipado depois de 13 anos de produção do campo, o que poderia abrir o caminho para novas vendas de ativos na área por parte da OGX, depois da venda de uma participação de 40% para a Petronas, em maio, por US$ 750 milhões a US$ 800 milhões, a fim de fortalecer o balanço da OGX, avalia.
