Ações da Neoenergia encerram primeiro pregão na B3 com alta de mais de 8%

Na máxima da sessão, os papéis da companhia de energia chegaram a subir 10,22%

Lara Rizério

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SÃO PAULO – As ações da Neoenergia (NEOE3) estrearam na B3 na sessão desta segunda-feira (1) em forte alta. Os ativos fecharam com ganhos de 8,37%, a R$ 16,96, após chegarem a subir 10,22%, a R$ 17,25, na máxima do dia. O volume negociado foi de cerca de R$ 1 bilhão. 

Os papéis foram precificados em R$ 15,65 cada no processo de abertura de capital na B3, no centro da faixa indicativa de preço, que foi estabelecida entre R$ 14,42 e R$ 16,89. 

A oferta inicial de ações movimentou R$ 3,744 bilhões, após gerar alta demanda entre os investidores, acima de cinco vezes a oferta. 

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Controlada pelo grupo espanhol Iberdrola, a Neoenergia é o segundo maior grupo de distribuição de energia do Brasil. 

Em evento realizado na B3, o presidente da bolsa, Gilson Finkelsztain, destacou que a Neoenergia fez o maior IPO do setor desde 2004 e, com ela, são
142 companhias no Novo Mercado, o mais alto nível de governança corporativa. 

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O grupo espanhol Iberdrola continua como controlador da empresa, com 50% de participação. A Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) tem 32,9% da empresa e o Banco do Brasil vendeu a fatia de 9,3% que tinha da empresa.

A empresa atua nas áreas de geração, transmissão e distribuição de energia, com presença em 18 estados brasileiros e mais de 1 mil municípios. No total, são atendidos pela empresa 13,4 milhões de clientes através das distribuidoras Coelba (BA), Celpe (PE), Consern (RN) e Elektro (SP). Na geração, a companhia tem 17 parques eólicos e participação em diversas hidrelétricas, incluindo 10% de Belo Monte.

Segundo o presidente da Neoenergia, Mario José Ruiz-Tagle Larrain, a empresa deve continuar investindo com foco em energia renováveis. Para ele, as mudanças na composição de sócios da companhia também faz parte do processo de crescimento da empresa. “A saída do Banco do Brasil é mais um passo na evolução natural da Neoenergia”.

A empresa atua desde 1997 no mercado brasileiro. No primeiro trimestre desse ano, a companhia obteve lucro líquido de R$ 509,7 milhões.

(Com Agência Brasil)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.