Vale obtém 2 licenças para ramais rodoviários: em Carajás e em Ponta do Madeira

As licenças de Carajás, emitidas pelo Ibama permitem o início da construção do ramal ferroviário de 101 quilômetros, enquanto na de Ponta do Madeira pode aumentar capacidade para 150 milhões de toneladas métricas anuais

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A Vale (VALE3;VALE5) obteve licença ambiental de instalação e autorização de supressão da vegetação para o ramal rodoviário que ligará a Serra Sul de Carajás à Estrada de Ferro de mesmo nome, conforme comunicado enviado ao mercado na noite desta segunda-feira (6).

As licenças, emitidas pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), permitem o início da construção do ramal ferroviário de 101 quilômetros, que ligará o Projeto Ferro Carajás à Estrada de Ferro, sendo 85 quilômetros da linha principal e 16 quilômetros da pera, ou ramal, ferroviário. 

Este ramal é parte do projeto CLN (Capacitação Logística Norte) S11D, que permitirá a expansão da capacidade logística de Carajás para 230 milhões de toneladas métricas por ano de minério de ferro. “O S11D (Projeto Ferro Carajás) é o maior projeto da história da Vale e também o maior da indústria de minério de ferro, constituindo-se na nossa principal alavanca de crescimento da capacidade de produção e da manutenção da liderança da Vale no mercado global em termos de volume, custo e qualidade”, afirmou a companhia no comunicado. 

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Mais tarde, a companhia comunicou que obteve outra licença ambiental, desta vez para operação do terminal ferroviário Ponta da Madeira (PDM), no estado do Maranhão, emitida pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Naturais do estado. O terminal ferroviário PDM é parte do CLN 150.

A licença expedida permite o funcionamento de todas as novas estruturas construídas: pátios de recepção, linha de acesso aos viradores de vagão – 5 e 6 -, pera exclusiva para o trem de passageiros, sede de manutenção eletroeletrônica e prédio administrativo do abastecimento.

No início de abril, a mineradora já havia obtido a licença de operação portuária para o CLN 150, incluindo a parte onshore e offshore. O CLN 150 permite a expansão da capacidade logística de Carajás para 150 milhões de toneladas métricas anuais. Além das obras no terminal ferroviário e Píer IV, o CLN 150 inclui a expansão de parte da Estrada de Ferro Carajás.

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.