Um dos destaques da bolsa em 2012, Kroton garante crescimento forte em 2013

Diretor de RI da empresa diz que o objetivo é apresentar um resultado extraordinário nos próximos 20 anos
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SÃO PAULO – Após ingressar no Novo Mercado – maior padrão de governança corporativa -, divulgar resultados robustos em seus balanços e apresentar uma das maiores valorizações da Bovespa em 2012, a Kroton (KROT3) mantém confiança de que o cenário positivo continuará. A companhia realça que pretende manter crescimento forte, rápido e consistente nos próximos anos, e que o foco do investidor deve ser no horizonte de longo prazo.

“Queremos construir uma empresa para dar um resultado extraordinário nos próximos 20 anos”, enfatizou o diretor de Relação com os Investidores da Kroton, Carlos Lazar. “Não temos como garantir que a empresa repetirá nos próximos anos o desempenho expressivo que teve na bolsa neste ano, mas continuaremos focados em expansão acelerada.” No ano, as ações da companhia já sobem 126%.

Durante webcast promovido pela Corretora Souza Barros, Lazar frisou o potencial de evolução da companhia, graças ao, ainda baixo, nível de estudantes no País, com base na ambiciosa meta traçada pelo governo é de que haja 10 milhões de alunos no ensino superior até em 2015. Hoje, há apenas 7 milhões de estudantes nos bancos das faculdades.

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Segundo o executivo, mesmo com os esforços públicos e privados a meta é difícil de ser alcançada nos próximos três anos. Pela projeção da Kroton, o número deverá ser atingido em 2020. Como uma das vedetes do governo tem sido o setor educacional, no entanto, ele acredita que o programa de Financiamento Estudantil, o Fies, só tende a melhorar, o que reduzirá a quantidade de possíveis fraudes e aumentar a qualidade.

“As atuais condições para o estudante são bem favoráveis, e vemos interesse tanto dos alunos, como do governo e setor privado, de cooperar com a eficiência do programa”, realça.

O prazo médio de recebimento, inclusive, tem diminuído, conforme diz o executivo da Kroton. Segundo ele, há pouco tempo a média era de 200 dias, enquanto, hoje, é de 100 dias, e a meta da empresa é que o prazo reduza até para uma faixa de 70 a 80 dias.

Crescimento via aquisição
Para calibrar a expansão, a empresa tem focado em aumentar o número de aquisições, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, onde o número de alunos em universidades é ainda menor. “Quando vemos baixa penetração em algum local, nos sentimos ainda mais desafiados para atuar na região”, diz o diretor de RI.

Outras regiões em que a companhia destacou que poderia se expandir seriam pelos estados de Minas, São Paulo, Santa Catarina e Paraná, onde já atua.

Além das aquisições, a companhia educacional tem investido em pólos, onde realiza parcerias com os proprietários. Nessas parcerias, a Kroton entra com a ferramenta operacional, e paga parte da receita que obtém aos donos do local.

De acordo com o diretor de RI, há cerca de 500 locações interesadas em promover esse tipo de parceria com a companhia. Caso haja interesse em determinada região, mas não tenha pólo para realizar parceria ou instituição para comprar, Lazar não descarta a possibilidade de a empresa erguer um local de ensino.

“As perspectivas para a evolução da empresa são as melhores possíveis, em todos os ramos de atuação. Vemos consolidação real do setor e estamos bem posicionados para alcançar todas essas oportunidades”, disse o diretor.