Trump anuncia rede social própria com recurso de empresa gerida por deputado federal do Brasil

Luiz Philippe de Orleans e Bragança é diretor financeiro da Digital World Acquisition, empresa sócia do ex-presidente dos EUA

Equipe InfoMoney

O ex-presidente dos EUA, Donald Trump (Chip Somodevilla/Getty Images)

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GONÇALVES (MG) – Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, anunciou nesta quarta-feira (20) que já conta com os recursos necessários para abrir sua própria empresa de mídia de capital aberto.

A empresa sócia do novo empreendimento de Trump, a Digital World Acquisition, é gerida pelo deputado federal do Brasil, o conservador Luiz Philippe de Orleans e Bragança. O político é apontado como diretor financeiro da companhia.

Trump quer voltar a ditar os rumos do debate público no ambiente online, do qual está longe desde quando teve suas páginas pessoais banidas de Twitter e Facebook por ter insuflado a população a invadir o Congresso, em 6 de janeiro, para interromper a sessão que confirmaria a vitória de seu rival nas eleições, o atual presidente Joe Biden.

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Trump, que tem mentido sobre os resultados da eleição de 2020 e, ao mesmo tempo, acusado a mídia tradicional de publicar notícias “fake” para desacreditá-lo, disse que a verdade será a balizadora de sua nova empresa.

Segundo o The New York Times, se o negócio de Trump prosperar, ele terá a mão quase US$ 300 milhões para gastar como quiser na Trump Media & Technology Group.

No mesmo comunicado em que anunciou o nome da empresa, o ex-presidente dos EUA também disse que vai criar uma nova rede social, a Truth Social, cuja finalidade será a de “criar um rival ao consórcio da mídia liberal e combater as companhias do Vale do Silício, as ditas ‘big tech’”.

A Digital World Acquisition, sócio de Trump no novo empreendimento, é uma companhia com propósito especial de aquisição, ou SPAC. De acordo com o portal Insider, o valor das ações da Digital World triplicou nesta quinta-feira (21).

O CEO da Digital World é Patrick F. Orlando, ex-funcionário de bancos de investimentos, como Deutsche Bank. Em documento público recente, Orlando revelou que é dono de quase 18% das ações da companhia.

“Vivemos num mundo em que o Talibã tem presença enorme no Twitter, mas seu presidente americano favorito foi silenciado”, disse Trump, em seu comunicado, prometendo publicar seu primeiro post em breve.

Neste mês, o ex-presidente ingressou na Justiça com um pedido para ter a sua conta restaurada no Twitter, rede social em que fazia comunicados e que vem sendo usada de vitrine por outros mandatários conservadores, como Jair Bolsonaro (sem partido).

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