Táxis voadores ganham impulso com aposta de aéreas em startups

Acordos foram anunciados por startups no Reino Unido e Brasil

Bloomberg

eVTOL (Divulgação)

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Os táxis voadores deram mais um passo para se tornarem veículos cada vez mais presentes nos céus urbanos, com um projeto revelado em Los Angeles e acordos anunciados por startups no Reino Unido e Brasil.

A Vertical Aeroespace Group, com sede em Bristol, Inglaterra, recebeu pedidos condicionais de até 1.000 veículos elétricos que podem totalizar US$ 4 bilhões em compras de empresas como American Airlines e Virgin Atlantic Airways, segundo anúncio na quinta-feira.

A Embraer confirmou que está em negociações para a fusão de sua unidade de veículos elétricos de pouso e decolagem vertical (eVTOL, na sigla em inglês) com uma empresa de aquisição de propósito específico, o que impulsionou as ações.

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E na Califórnia, a startup Archer Aviation apresentou seu futuro eVTOL depois de receber um investimento de US$ 20 milhões da United Airlines. A operadora planeja comprar até 200 veículos da marca Maker.

Embora nenhum seja certificado para uso comercial, as aprovações para táxis voadores elétricos poderiam ocorrer já em 2024, segundo o principal regulador da aviação da Europa. Companhias aéreas fazem pedidos porque veem potencial para desenvolver um novo negócio vinculado ao transporte local, já que sua principal atividade, transportar passageiros em viagens mais longas, sofre pressão devido às emissões de carbono e ao impacto da pandemia de Covid-19.

“Acreditamos que este é o início da próxima grande evolução da mobilidade aérea urbana”, disse Domhnal Slattery, CEO da locadora de aeronaves Avolon Holdings, que está investindo US$ 15 milhões na Vertical Aerospace. “Isso é provavelmente tão significativo quanto a era do jato.”

Os táxis voadores acomodam apenas alguns passageiros, semelhante a um helicóptero eletrificado. Mas são mais silenciosos, mais ágeis e livres de emissões, utilizando vários pequenos rotores elétricos.

Os veículos são projetados para fazer viagens curtas, com um alcance de 160 quilômetros ou menos, e devem transportar passageiros de renda alta que buscam evitar congestionamentos – para o aeroporto, por exemplo, ou para uma escapada de fim de semana. Muitos fabricantes de eVTOLs planejam fazer a transição no futuro para aeronaves sem piloto.

A popularidade das empresas de aquisição de propósito específico, ou SPACs na sigla em inglês, tem sido um catalisador para o novo setor.

A Vertical Aerospace vai abrir o capital por meio de uma fusão reversa com a Broadstone Acquisition em uma transação SPAC que avalia o patrimônio líquido das empresas combinadas em cerca de US$ 2,2 bilhões.

As ações da Embraer subiram 15% quinta-feira após a confirmação de que está em negociações para a fusão de sua divisão Eve Urban Air Mobility com a empresa de cheque em branco Zanite Acquisition, o que resultaria em um valuation de cerca de US$ 2 bilhões.

Na semana passada, a Eve disse que fechou uma parceria com a Halo Aviation, operadora de voos de helicóptero nos EUA e no Reino Unido, para um pedido de 200 eVTOLs com entrega a partir de 2026.

O uso comercial de eVTOLs deve começar com o transporte de pacotes antes que passageiros sejam permitidos.

E voos automatizados, sem pilotos, chegariam cerca de cinco anos depois, à medida que reguladores globais estabeleçam abordagens para a segurança.

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